Educação

Escola Nossa Senhora da Esperança vê bons resultados com ensino integral

Buscando proporcionar novas oportunidades e perspectivas a seus estudantes, a Escola Estadual Nossa Senhora da Esperança, de Santa Cruz do Sul, implantou o Ensino Médio em tempo integral no início do ano letivo. O projeto do governo do Estado oferece nove horas de aulas diárias aos alunos, com o objetivo de dar formação integral a partir de uma proposta pedagógica multidimensional. Na escola, o projeto iniciou-se com uma turma do 1º ano que tem em torno de 20 alunos. 

A proposta contou com a aprovação dos pais em assembleia e a previsão é de que, até 2026, toda a escola adote o modelo. “A maioria votou a favor e entende que estar na escola é melhor do que estar nas ruas. Trabalhamos para que esses pais se envolvam mais na vida escolar dos filhos e compreendam o valor da educação”, diz Cristiane da Rosa, diretora da instituição localizada no Bairro Santa Vitória. 

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A nova estrutura curricular inclui uma disciplina intitulada Projeto de Vida, cujo objetivo é incentivar os alunos a refletirem sobre suas escolhas e aspirações para o futuro. Cristiane ressalta que o modelo de ensino integral vai além de simplesmente aumentar a carga horária. Com nove períodos diários, a escola busca intensificar a aprendizagem e desenvolver habilidades de autocuidado e cidadania nos alunos.

Ainda conforme Cristiane, a realidade do Bairro Santa Vitória apresenta desafios que vão além do ambiente escolar, o que impacta diretamente o desempenho dos estudantes. A evasão é um dos maiores problemas. “Precisamos trazer essa educação para as famílias, mostrando que o conhecimento é o caminho para uma vida melhor.”

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A instituição promove rodas de conversa e eventos para incentivar os pais a acompanhar a vida escolar dos filhos. Cristiane diz que a escola quer que as famílias entendam a importância de participar ativamente da educação. “Com isso, buscamos mostrar que, com estudo e apoio, é possível sonhar e construir um futuro melhor.”

Para Maria Lucia Heidrich, orientadora educacional, o incentivo do governo com bolsas, entre outras iniciativas, é importante para garantir a permanência dos alunos no novo modelo. “Eles precisam gostar de estar aqui e se sentirem bem no ambiente de estudo. Isso é essencial para o sucesso do ensino integral”, afirma. 

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A vice-diretora Luciane Marttioni salienta o diferencial das metodologias adotadas, que procuram envolver os estudantes de maneira ativa nas aulas. A escola investe na formação dos professores para criar aulas diversificadas e interativas. “Saímos da aula tradicional e estabelecemos uma rotina onde o aluno é protagonista. Nossa taxa de evasão tem sido uma das mais baixas entre as escolas que oferecem ensino integral”, diz Luciane.

Cristiane da Rosa e Luciane Marttioni | Foto: Alencar da Rosa

Experiência transformadora

Para os alunos da turma do 1º ano, a experiência tem sido transformadora. O estudante José Felipe Santos da Silva, de 17 anos, destaca as novas eletivas, como Ciências Humanas, que têm ajudado a desenvolver habilidades de comunicação e interpretação. 

Já Emily Eduarda Rabi, de 16 anos, relata sua surpresa com a experiência. “No começo foi mais difícil, mas agora não é necessário tanto esforço para se manter na instituição”, diz a estudante. “Temos aulas como robótica e a cooperativa, que são muito legais. Foi uma adaptação, mas já estou acostumada e animada para o próximo ano.”

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José Felipe e Emily Eduarda aprovaram as mudanças | Foto: Alencar da Rosa

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Lavignea Witt

Me chamo Lavignea Witt, tenho 25 anos e sou natural de Santiago, mas moro atualmente em Santa Cruz do Sul. Sou jornalista formada pela Universidade Franciscana (UFN), pós-graduada em Jornalismo Digital e repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações.

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