A Escola Estadual de Ensino Médio José Luchese, de Lagoa Bonita do Sul, foi reconhecida com o Selo de Energia Solar, concedido pelo Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas para a América Latina (Ideal), em parceria com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, que conta com o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW).
Há um ano, a escola foi beneficiada com um equipamento de energia fotovoltaica – energia elétrica produzida a partir de luz solar, mesmo em dias nublados ou chuvosos. Foram instalados 25 painéis solares de 315 watts cada um, com capacidade de geração média de 945 KW por mês, o que representa 80% da necessidade mensal da instituição de ensino. A aquisição foi possível graças ao Programa Escola Melhor: Sociedade Melhor, com adesão da empresa JTI – Indústria Fumageira, por meio do Programa Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo suporte à Educação (Arise).
O propósito do Selo Solar é reconhecer empresas, residências e instituições públicas e privadas que investem em energia sustentável. Quem tem a certificação mostra que aposta em fontes renováveis e de baixo impacto para o meio ambiente, além de ajudar a promover essa causa. O processo para ganhar a certificação é simples. A edificação precisa consumir um valor mínimo anual de eletricidade solar, que varia conforme a quantidade total de energia consumida, ou utilizar ao menos 50% de seu consumo de eletricidade vindo de fonte solar.
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De acordo com o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flávio Goulart, o sistema fotovoltaico implantado na escola integra uma das oficinas do Programa Arise, desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela ONG Winrock Internacional (WI) e pela JTI, visando contribuir para a erradicação do trabalho infantil na região. “Sabemos que nas cidades do Interior é comum os estudantes abandonarem os estudos e começarem a trabalhar. Estamos trabalhando para a melhoria do meio rural, do aumento do tempo de estudo e a diminuição do trabalho infantil”, explica.
A diretora da Escola José Luchese, Maria Mafalda Pippi, afirma que a iniciativa executada na escola serve como modelo de gestão sustentável. “Ficamos muito felizes com esta certificação, que só reafirma o trabalho que vem sendo desenvolvido. Esta experiência com a energia solar serviu de exemplo para outras escolas e municípios, que puderam entender que é possível implantar medidas de economia aliadas a meios sustentáveis”, afirma.
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