Os estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental (EEEF) Frederico Augusto Hannemann, de Vera Cruz, tiveram um dia diferente nessa quarta-feira, 15. O colégio localizado em Vila Progresso realizou o evento “Dia D – Mão na Massa”, do Programa Escolas Criativas, com oficinas e atividades especiais para os alunos. O educandário pertencente à 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) foi um dos dez do Rio Grande do Sul selecionados no âmbito do projeto. Todos os 195 alunos dos turnos da manhã e tarde estão de volta ao ensino presencial e participaram da programação.
A diretora Rosane Tornquist Petry, que também reside na comunidade, explicou que um dos objetivos das atividades de ontem foi resgatar a autoestima e valorizar os alunos. “É uma escola do interior, onde alunos acabam desistindo e não terminam nem o primeiro grau. Ainda existe aquela ideia de que quem fica na agricultura não precisa estudar muito”. Dessa forma, a programação do Dia D foi organizada através de diagnóstico feito com os próprios estudantes durante as aulas, em busca daquilo que eles esperavam do evento.
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A equipe de professores e a comunidade escolar já incentivam e motivam os alunos para que gostem de aprender e acreditem no próprio potencial. Rosane acredita que este foi um dos motivos para que a escola fosse indicada ao Programa Escolas Criativas. “Os alunos estão fazendo coisas que eles gostam, para terem prazer de vir para a aula e aprender. Os professores estão percebendo que eles estão participando com vontade”, contou. Os participantes da Feira da Profissões também eram ex-alunos do educandário, e falaram sobre as próprias trajetórias de carreira.
O engajamento dos estudantes nas oficinas e atividades especiais é um fator motivador, especialmente após dois anos de ensino alterado em função da pandemia. De acordo com a diretora, esse é o caminho para contagiar os alunos para os estudos. “É um estímulo, um incentivo para eles estarem motivados a vir com alegria à escola e despertar sonhos. O que eles pensam para o futuro, que caminho estão fazendo para alcançar seus objetivos, como traçar metas e ter um direcionamento: através da escola criativa estamos trabalhando isso bem forte”. Para Rosane, o trabalho com o programa pode dar sentido e significado para o aprendizado, além de possibilitar que cada um seja um profissional de sucesso na área que escolher.
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Conforme o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, a escolha da Frederico Augusto Hannemann como uma escola criativa é muito importante. “Vimos que estamos no caminho certo, porque esta é uma escola que agrega sua comunidade, consegue trazer várias parcerias, e hoje estamos vivenciando diferentes oficinas com ideias criativas, inovadoras e empreendedoras”, declarou. Para ele, uma escola criativa é aquela que consegue inovar e mostrar aos estudantes algo além do aprendizado cotidiano, para que eles estejam mais qualificados.
Moura não descarta que outras instituições da região da 6ª CRE sejam incluídas no programa. “Estamos com uma expectativa muito grande de poder apresentar outras escolas que possam estar colaborando conosco e buscando essa grande oportunidade. Quem ganha com tudo isso são nossos estudantes e a comunidade escolar”, comentou. Há a perspectiva de que, na nova etapa, escolas dos municípios de Venâncio Aires e Mato Leitão, que estão sendo sondadas como possibilidade, venham a fazer parte das Escolas Criativas.
O dia foi de programação especial para os estudantes nos turnos da manhã e da tarde. Pela manhã, as atividades iniciaram-se com abertura e hora cívica. Houve oficinas ou ilhas temáticas de artesanato utilizando porongos e de jogos, como dominó, xadrez, pingue-pongue e resta-um. Também ocorreu uma Feira de Profissões com falas de profissionais das áreas de Tecnologia, Agro, Design e Mecatrônica. Após um lanche festivo e intervalo, os estudantes ainda participaram de atividades em sala de aula, como Cápsula do Tempo e Exposição Museu de Mim, além de oficinas de canto e música, e também uma oficina de dança contemporânea.
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Durante a tarde, a programação seguiu com os alunos menores realizando atividades criativas em sala de aula, como cavalinho de pau, brinquedos de sucata, camisetas personalizadas, pintura em vidro e oficina de culinária. Após o intervalo e o lanche, ocorreram ainda as oficinas de argila, monta-monta, pintura de painéis e dança.
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