Santa Cruz do Sul vai contar com mais uma instituição de ensino em tempo integral a partir de 2024. A Escola Estadual Nossa Senhora da Esperança, no Bairro Santa Vitória, vai colocar em operação o programa iniciando pelo 1º ano do Ensino Médio. Conforme a 6ª Coordenadoria de Educação (6ª CRE), as instituições Colégio Estadual Professor Luiz Dourado e Escola Estadual Nossa Senhora do Rosário começaram as atividades do tempo integral em 2023, também na 1ª série do Ensino Médio, e darão continuidade até fechar o ciclo.
As duas escolas também vão expandir a modalidade aos estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Fundamental. As escolas estaduais de Ensino Fundamental Professor José Wilke e Sagrada Família aderiram ao tempo integral em anos anteriores e atendem todos os alunos do 1º ao 9º ano de forma integral. Somente em Santa Cruz, são 674 estudantes beneficiados pela medida. As aulas vão se iniciar no dia 19 de fevereiro, e os pais que tiverem interesse podem buscar vagas nas instituições para seus filhos.
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Segundo o coordenador da 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, as famílias são orientadas sobre o turno integral. Caso não queiram que seus filhos permaneçam durante o dia nas atividades, devem procurar por outro estabelecimento de ensino. Moura lembra que é importante destacar que o estudante matriculado em uma escola em tempo integral não poderá faltar em nenhum turno escolar, pois as faltas comprometem a sua frequência.
A ampliação do número de escolas de Ensino Médio em tempo integral foi anunciada por meio de portaria publicada em 29 de dezembro de 2023 pela Secretaria Estadual da Educação. O documento aponta que 94 instituições vão aderir à modalidade em 2024.
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A partir da nova implementação, serão 205 escolas que atuarão com esse modelo de ensino no Rio Grande do Sul, contando com as 111 que já adotaram a medida anteriormente. Desse total, 71 instituições também vão aplicar o tempo integral para os anos finais do Ensino Fundamental.
O que muda na prática
De acordo com Luiz Ricardo, com o modelo integral nas escolas, o aluno passará de 800 horas para 1,5 mil horas no Ensino Fundamental e de mil para 1,5 mil horas no Ensino Médio. A permanência do estudante deve ser de no mínimo sete horas e 30 minutos por dia, nos cinco dias da semana.
A matriz curricular é de Formação Geral Básica, que contempla matemática, linguagens, ciências humanas e ciências da natureza. Há também as disciplinas da complementação curricular do tempo integral, isto é, a formação humana integral.
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Segundo Moura, o turno integral vai proporcionar ao jovem um ambiente de aprendizagem durante o dia e momentos de socialização com outros colegas. “O mais importante, ele vai ser orientado e estimulado para pensar e organizar o seu projeto de vida”, acrescenta. O coordenador também salienta que os estudantes terão orientação completa de professores e supervisores, e vão receber quatro refeições diárias durante a permanência nas instituições de ensino.
Escolas estaduais em tempo integral
- EEEF Sagrada Família* (Santa Cruz do Sul)
- EEEF Professor José Wilke* (Santa Cruz do Sul)
- EEEM Wolfram Metzler (Venâncio Aires)
- EEEM Crescer* (Venâncio Aires)
- EEEF Santo Carniel (Sobradinho)
- EEEF Rita Lobato (Pantano Grande)
- EEEM Gastão Bragatti Lepage (Candelária)
- EEEM Biágio Soares Tarantino* (Rio Pardo)
- Colégio Estadual Professor Luiz Dourado* (Santa Cruz do Sul)
- EEEM Nossa Senhora do Rosário* (Santa Cruz do Sul)
- EEEM Fortaleza* (Rio Pardo)
- EEEM Mariante (Venâncio Aires)
- EEEM Nossa Senhora da Esperança (Santa Cruz do Sul)
- EEEM Frederico Kopp (Sinimbu)
- Legenda: Com* as escolas que aderiram ao tempo integral em anos anteriores.
- Fonte: Governo do RS e 6ª CRE
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Investimentos
Buscando fortalecer o Programa de Ensino Médio em Tempo Integral, o governo do Estado iniciou, em dezembro do ano passado, o repasse de mais de R$ 100 milhões para as 2,3 mil escolas da rede estadual. Segundo publicação da Seduc, o investimento visa a revitalização e a qualificação da infraestrutura das escolas para este ano letivo.
Além disso, o governo nomeou 1.542 professores que deverão qualificar o ensino da rede estadual. Conforme Moura, as escolas já começaram a receber os recursos e devem realizar manutenções em suas estruturas. “Não somente na questão do prédio físico, mas também materiais, mobiliários e outros equipamentos”, afirma.
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