Com objetivo de debater a inserção e a execução do período integral nas escolas, ocorre desde a terça-feira, 13, o Encontro de Escuta do Ensino Médio Gaúcho em Tempo Integral com Coordenadorias Regionais de Educação e Equipes Escolares. O evento, que tem como público-alvo coordenadores pedagógicos ou assessores de referência das coordenadorias regionais de educação, diretores e vice-diretores ou supervisores de escolas, professores e alunos, realiza atividades até esta quarta na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). 

A diretora de Formação Continuada da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Naomy Oliveira, explica que a proposta é escutar os anseios, sugestões e desafios dos gestores escolares e coordenadorias regionais em relação à implementação do tempo integral. “Para, assim, construirmos juntos. Não é um modelo da secretaria, é da rede estadual. A escuta é para conseguirmos construir esse modelo junto com a rede”, afirmou Naomy em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9.

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Entre as diversas atividades que ocorreram desde terça está um momento dinâmico em que grupos de diferentes escolas apresentarão o que mais gostam no modelo de tempo integral. Além de apontarem os desafios e as possíveis soluções para cada um deles. “Vamos ouvir tanto estudantes das escolas de tempo integral como de escolas regulares, para entender como tem sido a experiência deles nas instituições e entender o que desperta o interesse dos estudantes”, explicou. 

A escuta centralizada e coletiva deve ocorrer em outras regionais durante o ano. “Vamos fazer eventos da secretaria em outras coordenadorias para termos esse acolhimento que só temos quando viemos para perto das escolas”, salientou a representante da Seduc. O objetivo é não centralizar os eventos em Porto Alegre, para que todas as regiões possam ser envolvidas.

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Melhorar e romper os desafios

O titular da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, afirmou que este é um momento de escuta para todos. “Para saber de fato como estão sendo estas vivências de trabalhar com os nossos estudantes em tempo integral.” A partir da troca de experiências, Luiz Ricardo antecipou que alguns aspectos devem ser melhorados e desafios serão rompidos. “Essas escolas estão servindo como um projeto-piloto para que nós possamos dar continuidade para as demais”, explicou.

O coordenador acrescentou que a meta do governo do Estado é colocar mais de 500 escolas em tempo integral até o final da gestão. “Nós precisamos vivenciar para depois fazer análises profundas daquilo que é necessário para que seja possível realizar a implementação nas demais escolas”, destacou.

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Modelo para Santa Cruz do Sul

Uma das instituições santa-cruzenses que iniciou este ano com o modelo de tempo integral foi a Escola Estadual de Ensino Médio Nossa Senhora do Rosário, localizada no Bairro Independência. Segundo a diretora Gláucia Maria Etges, os alunos devem chegar à instituição às 7h30 e ter aula normalmente, com um período de intervalo, até 12h30. Após o almoço, eles possuem um tempo para descanso, em que podem realizar atividades ou apenas descansar em uma sala específica e com um monitor.

Referência na educação de surdos na região, a escola oferece uma oficina de libras durante o intervalo entre a manhã e a tarde. Na sequência, às 14h07 os alunos retornam às salas e participam de mais três períodos até as 16h43. Durante a tarde, eles também têm direito a um período de intervalo. “É uma experiência nova e cheia de desafios, mas acredito que estamos fazendo um bom trabalho.”

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Sobre o encontro, a expectativa da diretora é de que aconteça uma troca rica de experiências com outros integrantes da educação estadual. “O tempo integral é um diferencial para o currículo. Os alunos terão uma carga horária maior e disciplinas a mais em seus currículos, mas também estarão saindo com uma experiência diferenciada”, comentou. Ainda de acordo com Gláucia, o melhor que o adolescente pode fazer é permanecer no ambiente escolar.

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