A explanação dos resultados do Bolsa de Sementes do Projeto Verde é Vida, mantido pela Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), aconteceu na tarde dessa sexta-feira, 23. A transmissão ocorreu pelo canal oficial do YouTube da Afubra.
De acordo com os dados apresentados, nos últimos 18 anos, o Bolsa de Sementes, que atua em parceria com escolas dos três estados do Sul e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), arrecadou 26.922,7 quilos de sementes de espécies diferentes; ou seja, quase 27 toneladas. Somente no ano passado, entre os meses de abril e dezembro, 428,7 quilos foram obtidos.
O resultado é comemorado pela equipe do Verde é Vida, como explica o coordenador do projeto, Adalberto Huve. “Nos alegramos em divulgar esse número, pois mostra que as escolas, com seus alunos, professores, diretores, funcionários, pais e comunidades, estão alinhadas com a Afubra na preservação do meio ambiente”, enfatiza. As sementes coletadas são recolhidas pela Afubra e enviadas ao Laboratório de Silvicultura e ao Viveiro Florestal da UFSM.
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É nesse espaço que é feito o processo de triagem, pesagem, identificação de espécies e qualidade fisiológica das sementes para a produção de mudas. As sementes impróprias são descartadas, enquanto as que têm potencial de germinação são armazenadas em uma câmara fria seca e depois encaminhadas para viveiros ou pessoas com interesse em plantar. No total, a lista da Bolsa de Sementes tem 136 espécies disponíveis.
Além dos resultados ambientais de sensibilização e preservação, a coleta possibilita retornos financeiros para as instituições de ensino. Com uma média anual de 285 colégios participantes, em 2020, com o cenário da pandemia e as aulas presenciais suspensas, 184 escolas foram mobilizadas. Destas, quatro foram beneficiadas por enviar a maior quantidade de sementes para o projeto.
Em primeiro lugar ficou a Emef Felipe Becker, de Alto Paredão, interior de Santa Cruz do Sul, que coletou 144,703 quilos de sementes e recebeu um cheque-bônus de R$ 4.588,00. A escola é referência na coleta. Nos últimos anos, tem se classificado sempre entre as melhores.
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Na segunda posição está a Emef Ervino Konrad, de Arroio do Tigre (RS), com 65,366 quilos de sementes e um cheque-bônus no valor de R$ 3.445,00. Em terceiro ficou a Emef Ribeirão Matilde, de Atalanta (SC), com 52,606 quilos de sementes. Ela receberá um cheque-bônus de R$ 1.812,00. E em quarto posicionou-se a Emef Vila Gropp, também de Atalanta, com 54,514 quilos de sementes e um cheque-bônus no valor de R$ 1.502,00. Esses cheques poderão ser trocados por mercadoras em uma das lojas da Agro-Comercial Afubra. A entrega da premiação financeira começará a ser feita na próxima semana.
Para o diretor-presidente da Agro-Comercial e secretário da Afubra, Romeu Schneider, o mais importante é o aprendizado que os jovens têm com a Bolsa de Sementes, que será levado para a vida toda. “Os números nos mostram o êxito da parceria, que projeta resultados positivos do trabalho para o futuro. Nesses 18 anos, são 27 toneladas de sementes de árvores nativas testadas e identificadas, com boa qualidade genética”, ressalta.
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A metodologia de controle do Bolsa de Sementes sofreu alteração em 2020. Antes, as sementes eram contabilizadas dentro de um Ano Ambiental (junho a junho). “No ano passado, iniciamos a contabilização dentro do ano-calendário, ou seja, janeiro a dezembro. Mesmo com a nova sistemática e a pandemia do coronavírus, alcançamos os 428 quilos, pois em 2020 contabilizamos apenas as sementes coletadas de abril a dezembro”, salienta Adalberto Huve. Para o ciclo 2021/2024, foram incluídas mudanças na lista de espécies e também nas atividades desenvolvidas no ano letivo, no incentivo à criação de viveiros escolares e no estímulo aos projetos de recuperação de nascentes.
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