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Escola Copetti promove 1ª Feira da Economia Solidária

Com o objetivo de promover uma economia mais solidária e sustentável, ocorre a primeira edição da Feira da Economia Solidária na Escola Estadual de Educação Básica Pe. Benjamim Copetti, de Sobradinho. O projeto que não visa lucro, é uma iniciativa que surgiu em uma aula sobre Bancos Comunitários e Moeda Social, conteúdo que integra o componente curricular Movimentos Sociais, dentro dos itinerários do Novo Ensino Médio, ministrada às turmas 201 e 203, pela professora Sara Wachholz.

Conforme explica a docente, a iniciativa nasceu neste contexto de interação entre conteúdos curriculares, mesclando teoria e prática, “que propõem aos estudantes uma formação mais cidadã, tanto na questão política, no entender como as coisas funcionam (direitos, deveres, como posso atuar na comunidade na qual estou inserido), mas também entender as formas de organização da sociedade”, pontuou.

Segundo o aluno Pedro Kittel, um dos representantes das turmas envolvidas no projeto, este consiste em uma forma de economia solidária/sustentável, pois não estará provendo lucro de nenhuma das partes. O que ocorrerá, de acordo com ele, é um sistema de trocas, no qual os participantes do projeto são intermediários deste processo. “Qualquer pessoa da comunidade pode participar, trazer até a escola alguns itens que tenha em casa e não utilize mais, nos quais não vê mais utilidade para si e pelos quais não tem mais apego. Podem ser roupas, calçados, livros… e essa pessoa vai vender para a gente e receberá em troca uma moeda social impressa que tem valores específicos”, frisou. Ainda, para o estudante, a forma como os conteúdos são trabalhados nestes itinerários, contribuem para reflexões que levam a ações práticas, as quais considera de grande relevância e uma vivência prazerosa.

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Já a aluna Camilly Y Castro Arrial, destaca que esta é uma maneira de aplicar a solidariedade, recebendo algo em troca. “Você vai estar fazendo o bem para alguma pessoa, destinando algo que não é mais útil para ti, mas poderá ser para ela e ainda vai receber algo em troca por isso”, acrescentou. Os estudantes das duas turmas, em conjunto com a professora, trabalharam a ideia do projeto que colocaram em prática nesta semana, dividindo-se entre as tarefas. “Para dar certo é um projeto que precisa do apoio de todo mundo. Estudantes, professores, a direção, toda estrutura da escola, mas também a comunidade compreendendo o espírito desta iniciativa e participando”, enfatizou Sara.

A partir desta proposta, os estudantes descreverão suas experiências em relatórios. E o que acreditam vai além: “Já pensou se isso sai da escola? Se expande-se para o município, para um bairro, uma comunidade?” Uma semente lançada que esperam ver germinar e ganhar continuidade anualmente na escola e, quem sabe, fora dela também. “Quem sabe pensar que um estudante pode se tornar um agente que vai promover solidariedade, sustentabilidade e iniciativas a partir disso. A escola tem que sair das paredes físicas da escola”, destacou a professora.

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Para o diretor da Escola Copetti, professor Alécio Fabiano Marion, a iniciativa nasce junto com o Novo Ensino Médio, a partir de seus itinerários formativos, “que são componentes curriculares novos, sendo a nossa escola piloto, pioneira da 6ª CRE e região”, salienta.

A escola, segundo o diretor sempre foi empenhada na realização de projetos, mas a pandemia atrapalhou, de certa forma, a concretização de muitas atividades. “Com o retorno das aulas presenciais, a professora Sara e as turmas tiveram a ideia de realizar este projeto, que já existe em outros locais de formas parecidas, mas é uma experiência nova, um aprendizado nosso da escola, da comunidade”, frisou destacando que iniciativas como esta contribuem ainda para o protagonismo do jovem frente a sua formação.

Como funciona a Feira?

O recebimento dos itens para troca iniciou na segunda-feira (12), nos turnos manhã e tarde, e ocorre até esta sexta-feira, 16 de julho, ao meio-dia, em ambiente destinado para esta atividade na Escola Copetti. A ideia é justamente que todos contribuam e tenham um retorno sobre esta ação.

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A professora Sara lembra que, caso alguém não consiga comparecer nesta semana para troca dos itens pela moeda social, também será possível efetuar este câmbio até o dia 22, mas o ideal é levar os itens o quanto antes para que consigam catalogar em categorias e fixar preços.

Itens são trocados por moeda social exclusiva, a E-Copetti

São possíveis de troca itens em bom estado, como roupas, sapatos, livros, acessórios, jogos, brinquedos e alimentos não perecíveis (produtos in natura como laranja, bergamota, batata-doce e litro de feijão, poderão ser trocados, mas preferencialmente levados um dia antes da realização da Feira). O pagamento será realizado com uma moeda social exclusiva, a E-Copetti. Os itens serão previamente catalogados com os preços e a troca será equivalente.

Já na próxima semana, entre 22 e 23 de julho, serão os dias em que os participantes poderão usar o valor recebido pelas peças deixadas para assim adquirir novos itens disponíveis na Feira. O convite dos realizadores se estende a toda comunidade, que deverá seguir os protocolos de prevenção ao contágio da Covid-19, como uso de máscara, álcool em gel e distanciamento.

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Nathana Redin

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Nathana Redin

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