Em dias secos, a poeira toma conta. Nos dias chuvosos, o barro e a lama dificultam o tráfego de veículos. Mas faça chuva ou faça sol, a situação da ERS–403 permanece a mesma. A rodovia estadual há três décadas traz transtornos a quem circula por ela e é uma dor de cabeça para autoridades, as quais renovam promessas que não se concretizam. A última delas ocorreu no início de janeiro, com o anúncio da retomada das obras de asfaltamento da estrada. Durante os 90 dias que sucederam ao comunicado, não foram vistas máquinas trabalhando no local.
A declaração do secretário estadual de Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, feita durante visita a Rio Pardo, gerou desconfianças da comunidade. Semanas depois, já com a ausência completa do maquinário, a promessa se tornou mais uma ilusão. E a realidade segue trazendo duras consequências, em especial nas épocas de safra. O escoamento de toda a produção de soja das propriedades às margens da rodovia fica prejudicado com a estrada de chão batido.
Não são poucos os que enfrentam problemas logísticos e mecânicos devido as más condições da ERS–403. No caso do agricultor e caminhoneiro Flávio Barros Silva, 45 anos, qualquer dia sem colheita é um dia perdido. Ele faz o transporte para a unidade da Cotriel, na localidade de Capão do Valo. “Faço praticamente três viagens por dia. A gente passa trabalho com essa estrada. Há alguns dias, meu caminhão teve que ficar o dia todo em uma oficina em Pantano Grande. Só consegui sair de lá à noite”, recorda.
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A indignação de Silva é antiga. Afinal, em toda época de safra, os transtornos são os mesmos. “Chega a ser engraçado o trecho onde a produção é menor ter asfalto, enquanto a maior parte do plantio está no trecho de estrada de chão. E há dias em que não há condição alguma de rodar a estrada.” No último domingo, por exemplo, três colegas caminhoneiros foram obrigados a interromper a viagem por causa do barro que tomou conta da estrada, transformando-a num verdadeiro atoleiro. Cena que acontece repetidas vezes com os ônibus depois de períodos chuvosos.
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