Categories: Astor Wartchow

Erros e acertos

Faltam verbos, substantivos e adjetivos para a descrição fiel dos acontecimentos sociopolíticos recentes. Não só dos fatos que se sucedem e que conspiram amarga e sombriamente sobre nosso presente/futuro. 

Também faltam palavras para qualificar os gestos, as ações e as interpretações que tentam explicar, justificar, amenizar e contemporizar os respectivos fatos negativos.

Esses atos sucedâneos incorporam-se aos fatos originais e, somados, transcendem o conjunto anárquico e kafkiano que nos assombra.    

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Sabe-se  de longa data e experiências mundiais que nenhum governo é infalível, e nenhuma pessoa é perfeita. Assim como não se espera a solução de todos os problemas de parte de uma só pessoa ou de um só governo. Mas, objetiva e honestamente, espera-se um mínimo de coerência, dignidade, autocrítica e vergonha de pessoas e governos.

Porém e ao contrário, além de não corarem, nem pedirem desculpas, prosseguem com atitudes e falas impróprias, gafes e mentiras. Não aprendem com os próprios erros. 

A propósito, selecionei algumas frases universais sobre o erro. O chinês Confúcio dizia que “um homem que comete um erro e não o corrige, está cometendo outro erro”. Mais ou menos o que dissera o romano Cícero: “Qualquer pessoa pode errar, mas só os tolos persistem no erro”.

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Ou seja, podemos errar, mas repetir o erro é uma tolice. Mas, e ao esconder, ou negar o erro, como ficamos? Um anônimo ditado diz: “Muita gente aprenderia com seus erros se não estivesse tão ocupada negando que os cometeu”.

Mas e sobre a segunda chance, a oportunidade de não fazer, deixar de errar, corrigir ou fazer de modo diferente? Juscelino Kubitschek (1902–1976), presidente do Brasil (1956–1960), disse: “Volto atrás, sim. Com o erro não há compromisso”. Será?

Mas quem paga pelos erros? “Os erros têm um custo e alguém deve pagar por eles. As causas dos erros são: primeiro, eu não sabia; segundo, não pensei; terceiro, não me importei!”. Palavras do jurista inglês Henry Buckley.

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Então, resumindo didaticamente e parafraseando um outro ditado: “Aprendamos com os erros dos outros. Não viveremos mesmo tempo suficiente para cometer todos os erros possíveis”.

Modestamente, dedico esta coluna ao amigo Mohamad Ali, digno membro da comunidade palestina santa-cruzense, com quem compartilho as mesmas esperanças tocante ao Brasil, bem como em favor da criação de um Estado Palestino. 
Salaam Aleikum!

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