O artista plástico gaúcho Erico Santos, aos 71 anos, é um dos grandes nomes da arte brasileira contemporânea, com sua obra projetada também para fora do País. E é este autor, amplamente reconhecido, que assina a nova exposição da Casa das Artes Regina Simonis, cujo vernissage ocorre nesta quarta-feira, 5, a partir das 19 horas.
A iniciativa é da Associação Pró-Cultura, mantenedora do local, em parceria com a Bublitz Galeria de Arte, de Porto Alegre, do marchand Nicholas Bublitz, que representa o artista. Erico, que reside na capital, estará presente ao momento inaugural. A partir desta quinta-feira, 6, o acervo poderá ser conferido pelo público nos horários de atendimento da casa, e ficará no local até o dia 29 de abril. Boa parte das peças em exibição estará à venda.
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Nomeada de “O Universo Pictórico de Erico Santos”, a mostra compreende cerca de 50 peças, como o artista antecipou à Gazeta do Sul por telefone nesta terça-feira, 4. Enfatizou que a sua expectativa é enorme com relação à vinda a Santa Cruz, uma vez que a exposição já se insere no contexto das comemorações de seus 50 anos de dedicação à arte.
À cidade ele havia vindo pela última vez em 2019, quando integrou outra mostra. Antes da vinda a Santa Cruz, o conjunto fora exibido em Porto Alegre e em Atlântida, e seguirá, ao longo do ano, um roteiro por outras cidades gaúchas. O Magazine, na edição de final de semana da Gazeta do Sul, terá essa exposição como tema de capa.
Trajetória iniciada de forma autodidata
O artista plástico Erico Santos nasceu em Cacequi, em 1952, mas cresceu em Santa Maria. De lá saiu para cursar Direito em São Paulo, a fim de seguir a carreira do pai, mas acabou mesmo por se encontrar com a arte a convite do pintor e restaurador italiano Renzo Gori (1911-1999). De volta ao Rio Grande do Sul, e depois de nova passagem por Santa Maria, fixou-se em Porto Alegre, onde, de forma autodidata, deu continuidade a seu gosto e seu pendor pela pintura.
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Como salienta, a preocupação de captar a luz e a atmosfera, na natureza, é uma de suas marcas pessoais. Enquanto temáticas, voltou seu olhar para diferentes situações do cotidiano ou da condição humana, em especial as cenas bucólicas ou campestres. As colhedoras, no meio rural, são frequentes em suas peças, que podem ser óleos sobre tela, em sua maioria, e também sobre madeira, suporte que utilizou em algumas ocasiões.
Enquanto paisagem real, as cercanias de Santa Maria fixaram-se no seu imaginário; seus dois avôs tinham ligação com o meio rural e a produção agrícola. Atualmente, como refere, divide-se entre Porto Alegre e Milão, tendo igualmente cidadania italiana. Por lá, em Roma, inclusive está participando de uma exposição coletiva, e passa temporadas anuais na Itália, na companhia da esposa Paola, com a qual tem os filhos Felipe, administrador, e Gabriel, que se divide entre o Jornalismo, a História e o web design.
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