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Equipes de resgate retomam buscas após avalanche de lama na Colômbia

Equipes de resgate retomaram neste domingo as buscas por pessoas desaparecidas em Mocoa, na Colômbia, após uma avalanche de água, lama e detritos causada pelo transbordamento de rios ter deixado pelo menos 200 pessoas mortas e várias outras feridas e desabrigadas na pequena cidade. Pessoas reviravam pedras e tábuas de madeira que antes eram casas. As ruas estavam cobertas com areia grossa, lama e galhos de árvores dos rios e da floresta que fica em volta da cidade. Não havia eletricidade e a água potável era escassa, o que forçou autoridades a suspender as buscas durante a noite.

A Agência Nacional de Desastres disse que 200 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas. Autoridades admitiram, porém, que o número total de mortos pode aumentar, já que muitas pessoas continuavam desaparecidas e dezenas de feridos foram levados de helicóptero para hospitais em outras cidades e estavam em estado crítico. Os corpos estavam sendo levados para um necrotério temporário, onde três equipes trabalhavam continuamente para identificá-los.

Eduardo Vargas, de 29 anos, estava dormindo com sua mulher e o bebê de sete meses quando foi acordado pelo barulho de vizinhos batendo em sua porta. Ele agarrou sua família rapidamente e escapou para um pequeno morro em meio a gritos de pânico. “Não houve tempo para nada”, disse. Vargas e sua família ficaram agrupados com cerca de 20 outros moradores enquanto pedras, árvores e tábuas destruíam as casas abaixo. Eles esperaram até o amanhecer, quando militares os ajudaram a descer do morro. Quando chegou ao local onde ficava sua casa, no sábado, não havia sobrado nada. “Graças a Deus estamos vivos”, disse Vargas.

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O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, viajou para Mocoa no sábado e declarou a cidade uma zona de desastre. Ele atribuiu a avalanche ao clima atípico, dizendo que choveu em apenas uma noite quase metade do previsto para todo o mês de março.

Este é um dos piores desastres naturais na história recente da Colômbia, embora o país tenha enfrentado catástrofes naturais mais devastadoras. Em 1985, quase 25 mil pessoas morreram quando o vulcão Nevado del Ruiz entrou em erupção e provocou uma inundação de lama e detritos que cobriu a cidade de Armero. Neste domingo, o papa Francisco disse que estava rezando pelas vítimas na Colômbia e agradeceu aqueles que estavam trabalhando nos esforços de resgate.

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