Rádios ao vivo

Leia a Gazeta Digital

Publicidade

SOBRADINHO

Equipe visita Rota dos Casarões e estuda projeto para restauro das edificações

Foto: Nathana Redin/Gazeta da Serra

Na última semana estiveram visitando Sobradinho, a arquiteta Kelli Laura Lago, a captadora cultural Jacqueline Sanchotene, a gestora cultural Glaci Braga da Silva e seu marido Paul Timms, natural da Inglaterra. O objetivo da visita, segundo a sobradinhense Kelli, se deve a um projeto voltado à Rota dos Casarões, localizada em Campestre, no interior do município. Além de realizarem o roteiro, eles estiveram reunidas com a diretora de Cultura e Turismo de Sobradinho, Ingrid Hermes.

A iniciativa busca, segundo Kelli, analisar o acervo arquitetônico existente e a ser preservado e que, sendo plausível de restauro, seja possível o encaminhamento de projetos para a restauração dos casarões. “A Rota dos Casarões é um roteiro já consolidado e esses casarões precisam ser conservados e também restaurados para que essa rota continue existindo, bem como para preservar a memória e identidade local”, explica a arquiteta.

Ingrid Hermes recepcionou a equipe na Casa da Cultura

A equipe desenvolverá o projeto visando ser realizado através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, baseada no tributo do ICMS. Glaci e Jacqueline foram as responsáveis pela gestão do projeto de restauro da “Casa Cercato”, em Garibaldi, através do qual houve a aproximação com Kelli, que ficou sabendo da iniciativa na Serra Gaúcha.

Publicidade

Com o recente retorno a Porto Alegre, a equipe irá planejar uma proposta de trabalho para a Rota dos Casarões. “Fomos muito bem recepcionados pelas pessoas e, além dessa receptividade, nos encantou também a arquitetura dessa série de casarões. O turismo está retornando com força, então pode ser um fator econômico importante até para fixar a população na cidade”, frisa Jacqueline.

A formatação do projeto será feita com base na visita realizada à Rota dos Casarões. “Aqui há um patrimônio riquíssimo, um patrimônio histórico muito interessante, uma memória oral que precisa ser trabalhada, um material que precisa ser divulgado e está muito inteiro, característica esta que para o patrimônio é uma bênção e há casas que ninguém tocou nelas”, salienta Glaci.

LEIA MAIS: Rota dos Casarões retoma passeios com história e cantoria

Publicidade

Segundo a gestora cultural, junto ao projeto se busca também a compreensão da população sobre a importância da educação patrimonial. “O que vocês têm aqui é muito rico, material e imaterialmente. É a cultura italiana muito bem preservada e com muita paixão, muita solidariedade com as pessoas, uma comunidade que sabe o sentido da palavra comunidade. O nosso papel vai ser ajudar neste caminho para que, quando apresentar estes projetos, tudo isso esteja bem amarrado para que possam ser aprovados na Lei de Incentivo e, assim, os patrocinadores vão poder investir, abater no ICMS que iriam pagar e ter muito a divulgação de seus nomes vinculados ao patrimônio municipal, bem como a cidade vai ser muito divulgada”, ressalta.

Este, conforme Glaci, é um trabalho em equipe, que envolve a formatação do projeto, mas também a comunidade, que precisa conhecer, opinar e aprovar sobre o que poderá vir a ser feito. “Nossa recepção com o pessoal da Rota dos Casarões foi fantástica. Ficamos encantados com a cidade”, salienta.

LEIA MAIS: Vale do Rio Pardo deve receber investimento de R$ 3,6 milhões no turismo; conheça projetos

Publicidade

Além do restauro, de acordo com Glaci, é necessário também que seja estudada a sustentabilidade do projeto, como a venda de artesanatos que estão interligados à Rota, a questão de hospedagem para visitantes, como uma pousada, se tem espaço para restaurante na região, o que traria viabilidade para a execução e manutenção do roteiro, impulsionando o turismo regional. “O primeiro passo agora é a análise de tudo o que vimos. O que ficarmos em dúvida, solicitaremos mais material. Vamos ver a situação de cada imóvel visitado, pois para entrar na Lei é preciso que estejam tombados. Após esse planejamento, a proposta de trabalho será apresentada para a Associação de Turismo Rural de Campestre (Aturcamp) e também para a Prefeitura Municipal. Se aprovado, deve levar mais uns seis meses para encaminhamento à Lei. Desta forma a captação de recursos pode levar até oito meses para começar a acontecer”, explicam.

Segundo Kelli, iniciativas como esta são importantes para a preservação das construções e da história local, uma vez que a viabilização do restauro costuma ser um processo que requer recursos mais amplos, dificultando com que os proprietários consigam por conta própria mantê-los.

Quer receber as principais notícias de Santa Cruz do Sul e região direto no seu celular? Entre na nossa comunidade no WhatsApp! O serviço é gratuito e fácil de usar. Basta CLICAR AQUI. Você também pode participar dos grupos de polícia, política, Santa Cruz e Vale do Rio Pardo 📲 Também temos um canal no Telegram! Para acessar, clique em: t.me/portal_gaz. Ainda não é assinante Gazeta? Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Publicidade

Aviso de cookies

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdos de seu interesse. Para saber mais, consulte a nossa Política de Privacidade.