A equipe do Rio Grande do Sul conquistou o segundo lugar na classificação geral do 21º Campeonato Brasileiro de Karatê, disputado no Ginásio Poliesportivo Arno João Frantz, em Santa Cruz do Sul, entre a sexta-feira, 9, e domingo, 11. O evento teve o apoio da Prefeitura Municipal de Santa Cruz do Sul e da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Com 13 medalhas de ouro conquistadas, os gaúchos ficaram atrás apenas da equipe de São Paulo, que levou o trofeu de campeão geral, com 23 medalhas de ouro conquistadas. O Ceará, com 5 ouros, ficou em terceiro.
O presidente da Federação Brasileira de Karatê (FBK), Marcio Fuscaldo, tem mais de 50 anos de história no karatê. Ele esteve em Santa Cruz do Sul para prestigiar o evento, e avaliou positivamente a competição, a primeira realizada pela FBK após o período de pandemia. O Campeonato Brasileiro de Karatê reuniu 12 delegações de diferentes Estados, com mais de 350 atletas participantes.
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“Superou todas as expectativas, justamente por ser um período pós pandêmico. Tanto no nível técnico como no número de delegações participantes. É uma prova que o karatê cresce dia-a-dia em todos os Estados e em todo o país. É uma modalidade esportiva que tem um número massivo de praticantes no país”, destacou o presidente da FBK.
O vice-presidente da Federação Brasileira de Karatê, e presidente da Federação Gaúcha de Karatê, é o Santa-cruzense João Oliveira. O sensei João é faixa preta 7º Dan e é uma das referências do karatê nacional, tendo formado um grande número de faixas-pretas nos últimos anos, contribuindo em muito para a evolução do esporte. Ele parabenizou os atletas do Rio Grande do Sul, que fizeram um duelo bastante acirrado contra os paulistas. Contando com o torneio de Santa Cruz do Sul, os atletas de São Paulo agora já conquistaram 20 das 21 edições do campeonato nacional de karatê.
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“Estamos batalhando há muitos anos, não só em Santa Cruz, mas na Federação Gaúcha de Karatê, pois a sede da Federação Gaúcha de Karatê Shotokan é aqui em Santa Cruz. O desenvolvimento do nosso pessoal é visível, fazem mais de cinco anos que estamos entre os primeiros colocados em todas as competições. Pelo desempenho desde sexta-feira, 9, estamos pau-a-pau com São Paulo, que ganha tudo, sempre”, destaca Oliveira.
O pequeno Arthur Frantz Frömming, de apenas 6 anos, foi o campeão mais novo da 21ª edição do Brasileiro de Karatê. Ele ganhou na modalidade Kata, uma simulação de luta onde o competidor precisa executar os movimentos da melhor forma. Incentivado pelo pai, Janclei Frömming, que também pratica o esporte, Arthur já se sagrou campeão gaúcho e afirma que pretende seguir treinando no esporte de que mais gosta.
̈Eu entrei por causa do meu pai. Eu quero fazer igual a ele. Meu pai disse que ia treinar karatê até morrer, e eu quero fazer a mesma coisa que ele. Tem vezes que eu saio da natação e ainda vou treinar karatê e não fico cansado. Karatê é a arte marcial de que eu mais gosto no mundo”, disse o jovem santa-cruzense, campeão brasileiro no Kata e terceiro colocado em sua categoria na modalidade chamada de Kumitê.
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O pai de Arthur ressalta a influência da arte marcial no desenvolvimento das crianças. Janclei, que é faixa laranja e também competiu no Campeonato Brasileiro, destacou que o esporte ajuda no desempenho de Arthur na escola, e espera que o karatê siga ganhando cada vez mais adeptos.“O Rio Grande do Sul tem poucos atletas, mas muito qualificados. Quanto mais crianças vierem treinar e praticar a arte marcial, serão menos crianças com problemas na escola, pois o karatê ensina a disciplina, cuidar da saúde e da mente”, explica Janclei.
Quem também competiu “em casa” foi a faixa preta 5º Dan Loreni Weis. Ela conquistou a segunda colocação no Kata e no Kumitê em sua categoria, e também por equipe, onde lutou junto com as atletas Alcione Pereira e Geisa Raupp, da academia Budokan, de Santa Cruz do Sul. Para Loreni, a competição em solo gaúcho pode incentivar outra meninas a iniciar no Karatê. “É uma atividade física com defesa pessoal, pra mim é sobre qualidade de vida. Tem 34 anos que eu faço karatê, gosto de competir, mas gosto de incentivar outras meninas também”, detalhou. Junto com Loreni, outros 17 alunos da Budokan participaram da competição nacional. A seleção gaúcha contou com 83 participantes.
Luiz Trindade treina karatê em Vale do Sol há 15 anos. Campeão no Kata em equipe, terceiro no Kumitê individual e vice no Kumitê adulto faixa preta em equipe, ele lamenta que as aulas no município vizinho de Santa Cruz tenham cessado por falta de alunos.“ ̈Meu professor parou de dar aulas por falta de interessados, por falta de incentivo. Hoje temos somente três na nossa equipe: eu, meu professor e o Nataniel, que é de Candelária.”
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O professor de Luiz é Cristiano Tallowitz, que levou para casa quatro medalhas. Ele foi campeão brasileiro no Kata individual e terceiro lugar no Kumitê em sua categoria. Em equipe, os atletas Luiz e Cristiano ficaram como vice-campeões no Kumitê, junto com o atleta Robson Gomes, de São Gabriel.
Diversos estados estiveram representados no Campeonato Brasileiro de Karatê, em Santa Cruz do Sul, mas ninguém veio de tão longe quanto os atletas do Rio Grande do Norte. Quatro deles vieram de carro, percorrendo 4,3 mil quilômetros no trajeto entre Natal e Rio Grande do Sul. O presidente da Federação Potiguar de Karatê, Júlio César Lima Macedo, mostrou-se orgulhoso com as medalhas conquistadas. “Viemos em seis atletas, três campeões e um bronze. Ficamos muito satisfeitos. Com muita força de vontade dos atletas, representamos muito bem o Rio Grande do Norte”, ressaltou.
O faixa-preta Lenilson Gonzaga da Silva, de 37 anos, encarou a viagem de carro, que durou cerca de quatro dias até o Rio Grande do Sul. “Não imaginava que seria tanta estrada, mas foi muito gratificante. Cheguei na sexta-feira, para colocar o quimono e já lutar. Entrei um pouco cansado e isso fez com que eu não obtivesse um êxito melhor, mas estou feliz por competir”, ressaltou Lenilson.
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Classificação
São Paulo – 23 ouros
Rio Grande do Sul – 13 ouros
Ceará – 5 ouros
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