Menos de três meses após a última captação de órgãos no Hospital Santa Cruz, três equipes da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul voltam à instituição na manhã desta terça-feira, 26. Os grupos saíram de Porto Alegre por volta das 8h30 para buscar um coração, dois pulmões, dois rins e um fígado de uma jovem de 28 anos que teve a morte cerebral confirmada na manhã dessa segunda. Os veículos deixaram o local às 14h15, escoltados por batedores.
Desde a criação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), há 17 anos, esta é a segunda vez que uma captação de coração é feita no Hospital Santa Cruz. De acordo com um dos integrantes da CIHDOTT, enfermeiro Anderson Barreto de Moraes, o procedimento para captar coração é raro em razão das características dos doadores, que geralmente têm mais de 40 anos. “Como a doadora é jovem, as condições de saúde dela viabilizaram a doação”, explica.
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Segundo ele, as doações feitas no hospital representam um momento importante. “Tem todo um envolvimento para isso acontecer, desde a logística até o trabalho feito com a família para autorizar a doação e ajudar outras pessoas, já que a vida dessa paciente não conseguimos salvar”, comenta.
A primeira equipe chegou por volta das 11h20. A previsão é de que as captações durem em torno de duas horas e meia. Conforme Moraes, uma equipe deve levar o coração, outra os pulmões e, a terceira, os rins e o fígado. Diferente da outra vez, em que os órgãos foram transportados de avião, desta, eles serão levados de carro até a Capital, onde serão feitos os transplantes. A origem dos pacientes não foi revelada.
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