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Equilíbrio e bom senso

O excesso de poder é prejudicial em qualquer esfera da convivência social. Na família, o centralismo das decisões pode transformar a rotina numa sucessão de imposições pessoais.

No trabalho, o equilíbrio diferencia o chefe do líder, o moderador do déspota, determinando o clima e a consequente qualidade da produção. Ambiente saudável rende ótima produtividade. Arrogância cria cotidiano pesado, sem satisfação profissional.

Exercer funções de comando/liderança requer, acima de tudo, bom senso e empatia. Conviver já é um exercício desafiador por si só. Coordenar e motivar exige predicados raros que, somados, definem o sucesso de qualquer empreitada, profissional ou pessoal. Lideranças, por isso, são incomuns e preciosas, fundamentais para a assegurar princípios sem censura às iniciativas e à criatividade.

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A democracia requer todos esses atributos que são tão importantes quanto raros. Política se confunde facilmente com poder, o que turbina a vaidade, estimula os conflitos e resvala com frequência para a imposição. Por isso, o poder moderador é fundamental para preservar as instituições e a convivência harmônica entre seus integrantes.

No Brasil, a organização política tem nos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – os pilares que sofrem abalos diários. Intromissões determinadas por anulação de decisões marcam o cotidiano de Brasília de maneira mais enfática a partir de 2018, ano da mais recente eleição presidencial. As redes sociais e a mudança no enfoque da cobertura dos poderes acirraram os ânimos país afora, fomentando uma guerra permanente que só tem perdedores, prejuízos e desperdício de tempo e energia.

Pelo ordenamento constitucional, o Senado é o único com poder de fiscalizar o Supremo Tribunal Federal para coibir, por exemplo, exageros e desvios de finalidade. Infelizmente, inúmeros senadores têm seus interesses pessoais atrelados à mais alta corte porque muitos são réus ou indiciados em processos e investigados.

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A morosidade da Justiça é uma velha conhecida, resultado de um cipoal infindável de recursos e da avalanche de processos que nenhuma outra corte suprema do mundo registra. Recentes decisões de condenações sumárias que têm na raiz a emissão de opiniões e posicionamentos pessoais preocupam. É muito tênue a distância entre a alegada afronta à democracia com o direito constitucional da livre manifestação.

Episódios análogos recentes não tiveram a mesma fúria censora das últimas decisões. Liberdade é pressuposto básico da democracia jovem do Brasil, que já experimentou momentos amargos de caça às bruxas. Discordar dos poderosos de plantão não pode, jamais, servir de argumento para quebrar o sustentáculo da democracia: a liberdade.

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Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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Naiara Silveira

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