Nestes dias tão diferentes, leio e assisto a muitas coisas que antes sequer cogitava acessar. O controle remoto da sala “deu pau”, tão frenética é a busca de conteúdos que não sejam apenas o tema do momento. Mas também é preciso manter-se informado. Mesmo em casa, continuo trabalhando.
Ouvi a expressão que dá título a esta crônica pela primeira vez no domingo à noite. Saturado do Fantástico, me refugiei no Canal Livre, da TV Bandeirantes. Gosto porque leva informação equilibrada com a presença de especialistas despidos de fundamentação ideológica ou política.
Um psicólogo, cujo nome não recordo, falou sobre os reflexos emocionais da clausura obrigatória a partir do fenômeno da pandemia de coronavírus. Em determinado momento, o jornalista Fernando Mitre indagou sobre o risco de agravamento da sensação de solidão.
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O psicólogo admitiu que a invasão de privacidade motivada pelo avanço da tecnologia criou o fenômeno do afastamento social. Parece um paradoxo, mas o estilo de vida feliz, perfeito, do tipo “comercial de margarina”, ostentado nas redes sociais, deprime a todos aqueles que não dispõem de recursos para manter este padrão. Também não são dotados da capacidade de discernir que muitas fotos e vídeos postados nas redes são artificiais e servem apenas para satisfazer o ego.
Num segundo momento, o psicólogo afirmou que esta mesma tecnologia deve ser empregada no esforço de aproximação entre as pessoas.
– Melhor que uma mensagem de texto é um áudio. Melhor que um áudio é uma ligação por vídeo porque é possível ter o “olho no olho”, sentir as reações da pessoa querida e compartilhar sentimentos que minimizam a solidão – acrescentou.
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Ele disse também que existe no mundo “uma epidemia de solidão”, motivo de grande preocupação dos profissionais de saúde com a situação atual. Enfatizou que nos dias de hoje é preciso implementar uma nova rotina com toda a família reclusa junto aos animais de estimação.
O avanço da tecnologia é um fenômeno relativamente recente, absorvido em toda a plenitude pelos jovens, que já nascem manuseando celulares ainda no berço.
Para nós, maduros, jovens há bem mais tempo e oriundos da geração da máquina de escrever, resta-nos adotar aos poucos novos hábitos. Em tempos de pandemia, atualização
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é fundamental.
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