Uma série de circunstâncias ligam a atriz Hermila Guedes ao Festival Santa Cruz de Cinema, ainda que ela nunca tenha vindo a essa cidade. Em 2019, o curta-metragem Nova Iorque, dirigido por Léo Tabosa, uma realização pernambucana, foi o grande vencedor daquela edição do certame, que era a segunda. E ela fazia uma participação naquela produção.
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Agora, quando virá a Santa Cruz na condição de homenageada da sexta edição, outro curta de Tabosa, Dinho, foi selecionado entre os 18 finalistas da Mostra Competitiva Nacional. E ela, mais uma vez, integra o elenco.
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Para completar, ela faz par romântico com o ator paulista Matheus Nachtergaele em uma série inspirada em um livro de crônicas do jornalista cearense Xico Sá. E justamente Nachtergaele fora o homenageado do Festival Santa Cruz de Cinema de 2020. São elementos que ajudam a tramar a relação desses autores, e de Hermila, em especial, com esse festival, um dos mais novos na agenda do audiovisual nacional.
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Para Hermila, como ela enfatiza em entrevista à Gazeta do Sul, é a oportunidade de estreitar laços com a comunidade regional. “Sei que é um festival ainda muito jovem, mas já muito resistente. Resistiu à pandemia, e está aí, firme e forte. E esses festivais são tão importantes para os realizadores do audiovisual brasileiro”, ressalta. A atriz comenta também seus trabalhos na televisão, no cinema e no teatro, e menciona as suas participações mais recentes. Confira à direita a íntegra da conversa com Hermila Guedes.
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Magazine – Como está a expectativa para a vinda a Santa Cruz do Sul, para ser a homenageada do Festival Santa Cruz de Cinema?
As minhas expectativas são as melhores, né? Eu entendo que os festivais de cinema são muito importantes para o fortalecimento do audiovisual brasileiro, principalmente na formação de público. Eu que sou cria do cinema, mais precisamente do cinema pernambucano, me sinto muito tocada em ser homenageada em um festival tão longe de onde tudo começou. Passa um filme na sua cabeça, né? Eu comecei a relembrar toda a minha trajetória como atriz, e ver esse reconhecimento do meu trabalho é muito especial.
Que referências já tinhas, ao longo dos anos, deste festival?
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Eu nunca estive pessoalmente no Festival Santa Cruz de Cinema, e agora, como homenageada, que honra, sei que é um festival ainda muito jovem, mas já muito resistente. Resistiu à pandemia e está aí, firme e forte. E esses festivais são tão importantes para os realizadores do audiovisual brasileiro, e ainda mais que podem proporcionar, acredito que para algumas pessoas, o primeiro contato com o cinema nacional. É emocionante.
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O curta pernambucano “Nova Iorque”, do qual foste protagonista, venceu o 2o Festival Santa Cruz de Cinema, em 2019. Gostas desse formato de curta? Como te relacionaste com esse gênero ao longo de tua carreira?
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Super me identifiquei com os curta-metragens, adoro ir ao cinema para assisti-los, acho uma pena que a gente tenha tão pouco espaço para esse gênero nos cinemas do Brasil, fora os festivais, né? Até porque comecei fazendo cinema com curta-metragem, chamado O Pedido, dirigido pela Adelina Pontual, que foi exibido em 1999 no Festival de Cinema de Gramado, ganhamos Melhor Direção de Arte e Melhor Fotografia. Eu tenho muitos curtas no meu currículo. Fiz e continuo fazendo.
Aliás, já fizeste o papel de Elis Regina em 2006, em “Por Toda a Minha Vida”. Foi a tua estreia na TV, isso? Como foi viver uma das artistas ícones para os gaúchos?
Pois é, é uma maravilhosa coincidência da vida, né? Acredito que poder interpretar a cantora Elis Regina, depois do filme O Céu de Suely e dar algumas entrevisas em jornais, e as minhas fotos saírem estampadas nas matérias. E aí a produção do programa Por Toda a Minha Vida, dirigido pelo Ricardo Waddington, estava à procura de uma atriz que fosse semelhante à Elis, me viu e me convidou para fazer o teste. No mesmo dia eu soube que ia interpretar essa cantora tão única no País. Como fã, foi a melhor oportunidade da vida, de poder estar muito mais perto dela e conhecer mais da história da vida da Elis. Embora tenha sido um desafio enorme, a começar pelo sotaque (risos), a Elis é gaúcha e eu sou nordestina. Tive aulas de fono, fazia muitas pesquisas dos acervos da Elis para chegar um pouco próximo doque era a alma daquela mulher.
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Tiveste participação em novelas da Globo. Tens planos de, quem sabe, voltar a fazer novelas em breve? Algo nos planos nesse sentido?
Eu só fiz apenas duas novelas na televisão, o remake de Ciranda de Pedra e Amor, Eterno Amor. Eu tenho trabalhado muito mais em séries, quando se fala de televisão, e tenho esperado convites para que isso aconteça. Quem sabe o universo não conspira a favor para que esses projetos cheguem até mim.
E no cinema, algum projeto em andamento, ou algum filme em que atuaste por ser lançado?
Além da homenagem no Festival Santa Cruz de Cinema, vai ser exibido aí um curta que é do mesmo diretor do Nova Iorque, o Léo Tabosa, diretor pernambucano. O curta se chama Dinho, no qual fiz uma participação. Também acabei de terminar um longa-metragem que fiz no Rio de Janeiro, um filme dirigido pelo Pedro Waddington e a Rebeca Diniz e têm surgido alguns convites, de filmes incríveis. Estou superfeliz por isso.
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Também fizeste diversas peças no teatro. Projetos para voltar aos palcos, em breve ou no futuro?
Não, por enquanto nenhum convite para fazer peça de teatro, embora já tenha participado de um grupo superimportante em Pernambuco, que foi o Coletivo Angu de Teatro. Inclusive, o festival em que eu fui em Porto Alegre foi levando uma peça do nosso coletivo. Quem sabe no futuro!
Além de atuar como atriz, tens planos de também dirigir ou produzir?
Acho que minha competência artístida ainda não me deu maturidade para pensar em dirigir ou produzir. Se eu tiver que fazer isso, teria que estudar muito ainda. Eu não tenho formação acadêmica, penso em fazer curso de direção, mas para agregar a minha carreira de atriz.
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