A cadeia produtiva do tabaco está dividida diante de dois projetos de lei, um na Assembleia Legislativa e outro na Câmara dos Deputados, que dispõem sobre o processo de classificação de tabaco produzido pelos fumicultores integrados. Primeira a ser apresentada, a proposta do deputado estadual Zé Nunes (PT) prevê que as empresas do setor realizem a compra e classificação do produto diretamente nas propriedades rurais do Estado. Depois, os deputados federais Sérgio Moraes (PTB) e Heitor Schuch (PSB) apresentaram projeto semelhante em Brasília, ampliando a normativa para todo o território nacional. No passado, ideia semelhante, liderada pelo falecido deputado federal Adão Pretto, já havia sido analisada e acabou sendo arquivada.
Líderes políticos do Vale do Rio Pardo estão divididos quanto às propostas de alteração no regramento da classificação de tabaco. Autores do projeto que tramita no Congresso, Sérgio Moraes (PTB) e Heitor Schuch (PSB) acreditam que o novo modelo será benéfico aos fumicultores. Segundo Moraes, a iniciativa partiu de uma demanda levantada durante audiência pública realizada em maio, em Camaquã. Para ele, o sistema atual encurrala os produtores “O produtor é massacrado na esteira e não tem para quem pedir socorro porque está em terreno alheio. Geralmente são homens rudes, que não estão acostumados a argumentar. O preço é rebaixado e a única alternativa que resta é colocar o fumo dentro de um caminhão e voltar, então acabam vendendo”, colocou.
Já Schuch acredita que trazer a classificação para as propriedades evitaria problemas como o que ocorreu na última safra, quando houve variações significativas no preço pago pelas indústrias ao longo do período de entrega. Relatos apontam que produtores que venderam o fumo na reta final conseguiram valores até 40% superiores. “Tem gente que vendeu tabaco ruim pelo preço do tabaco bom. É preciso disciplinar isso”, afirmou.
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