A safra de tabaco 2014/2015 se aproxima do final no Sul do Brasil. Segundo balanço da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), até o momento 85% da variedade Virgínia já foi entregue nos três principais estados produtores, o que representa em torno de 510.163 toneladas. Para o Burley, a estimativa é de que o volume de vendas atinja 77.353 toneladas (93%), e para o tabaco tipo Galpão, 9.008 toneladas (93%). Nas microrregiões do Vale do Rio Pardo, que compreendem diversos municípios, os percentuais de venda do Virgínia variam entre 88% e 97% (veja no quadro).
A expectativa é de que a venda nas esteiras siga até a metade do próximo mês, aproximadamente. O presidente da Afubra, Benício Albano Werner, ressalta que na reta final de compra do produto o mercado teve uma ligeira melhora. “De meados de maio para cá, a média geral aumentou R$ 0,03 por quilo. Em algumas empresas a diferença atingiu R$ 1,00”, explica. O dirigente contextualiza que no início da comercialização havia companhias que preteriam as folhas de baixo meio pé, produto que está sendo absorvido agora. “A indústria justifica que houve maior interesse por parte dos compradores por esse tipo de tabaco desde o mês passado.”
Conforme Werner, a rentabilidade para o fumicultor vem diminuindo nas últimas safras, puxada especialmente pelo desequilíbrio entre oferta e demanda. Mesmo com o reajuste de 6,4% definido para a variedade Virgínia este ano, o valor médio por quilo está girando em torno de R$ 7,36. Na etapa 2013/2014, o preço médio para esse tipo de tabaco era de R$ 7,39. Com queda média aproximada de 0,4%, a recomendação das entidades representativas é para que os produtores diminuam entre 8% e 10% das lavouras na safra 2015/2016. “O produtor não vai perder rentabilidade, pois vai ser compensado com uma melhor remuneração na hora de vender sua colheita”, justifica.
Publicidade