Eram 5h30 da madrugada dessa quinta-feira, 25, quando aproximadamente 200 agentes da Polícia Penal, Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Estadual, Instituto-Geral de Perícias e Guarda Municipal se reuniram no pátio do Parque da Oktoberfest. O local serviu de ponto de partida para uma megaoperação que teve como alvo os apenados do Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
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As frequentes ocorrências de arremessos de celulares e drogas para dentro da casa prisional; a prisão de quatro visitantes que tentaram entrar com ilícitos e o homicídio de Maicon Robson Schmidt, o Máscara, no último dia 12 – morto na calçada do presídio, segundos após deixar o local – foram algumas das justificativas elencadas pelos gestores das forças de segurança para deflagrar a ofensiva, denominada Reprimenda. Ao todo, 160 apenados das galerias A e B foram revistados.
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Conforme a delegada Samantha Longo, titular da 8ª Delegacia Penitenciária Regional (8ª DRP), o objetivo foi efetivar a repressão ao crime organizado, por meio da manutenção da ordem e da disciplina da unidade prisional. “Esta é uma operação que será continuada, em ações realizadas de forma preventiva quando identificarmos, por intermédio de trabalho conjunto com outras instituições e as respectivas agências de inteligência, algumas ocorrências mais graves e nossas maiores fragilidades, o que resultará nesse trabalho reativo”, salientou.
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Na casa prisional, os agentes apreenderam uma grande quantidade de celulares, bem como porções de maconha e cocaína. Ao longo do dia, também foram realizadas fiscalizações de cumprimento de pena de prisão domiciliar sem uso de tornozeleira eletrônica.
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Houve ainda, conforme a delegada Samantha, a transferência de apenados para outras casas prisionais, mediante autorização judicial, para equalizar a distribuição dos presos da região nas penitenciárias próximas. A Polícia Penal não revelou quem foram os presos transferidos, nem as quantidades de drogas e de celulares apreendidos durante a operação.
Troca de informações na apuração de homicídios
Um dos pontos abordados na coletiva de imprensa sobre a operação realizada no fim da manhã dessa quinta-feira, 25, na sede do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), foi o homicídio de Máscara, ocorrido há duas semanas na frente da casa prisional. A delegada Samantha Longo revelou que o apenado, conhecido como membro da facção Os Manos, tinha recebido ordem para se apresentar em uma casa prisional de outra cidade quando saiu do Regional e terminou assassinado com pelo menos dez tiros.
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“Foi um fato que também motivou a ação de hoje. No que diz respeito ao nosso trabalho, apuramos informações e as compartilhamos para que auxiliem o trabalho de investigação”, salientou Samantha. Em complemento, o comandante do CRPO/VRP, coronel Giovani Paim Moresco, explicou que a troca de informações entre instituições é essencial. Segundo ele, isso mostra que há uma interligação visando o bem comum da coletividade.
“Dentro do nosso trabalho, buscamos elementos para estabelecer uma cronologia do homicídio. Se possível, identificar o autor para interpretar essas informações, a partir das condições tecnológicas e de conhecimento humano, e fazermos todo o possível para evitar um futuro homicídio. Se assim for, podemos contribuir com toda a cadeia institucional, identificando as circunstâncias para trabalhar a prevenção e fornecendo conhecimento à autoridade competente para elucidar o delito”, disse Moresco.
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