Entidades representativas dos produtores de tabaco dos três estados do Sul iniciaram nesta quarta-feira, 6, a primeira rodada de reuniões individuais com as indústrias, para debater o preço a ser utilizado na entrega da safra 2017/2018. Inicialmente, os representantes dos agricultores se reuniram para discutir o custo de produção e a proposta com as reivindicações para as empresas. Depois começaram os encontros com as fumageiras.
Pela manhã, houve encontros com JTI e Philip Morris, e, à tarde, com Souza Cruz e China Brasil Tabacos. No início da tarde, o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner, informou que as duas empresas com as quais houve reunião pela manhã – JTI e a Philip Morris – apresentaram propostas de preços.
No entanto, ele não adiantou os índices de reajuste oferecidos por elas. Apenas observou que a definição dos preços a serem usados na compra da produção da safra deve ocorrer até o dia 20 deste mês. Conforme Werner, o Fórum Nacional da Integração (Foniagro) do Tabaco estabelece que os valores sejam definidos em dezembro.
A pauta dos encontros consiste na análise do custo de produção e proposta de reajuste de preço para a safra 2017/2018. A estimativa preliminar da Afubra é de que nesta safra sejam colhidas, no Sul do Brasil, 685 mil toneladas de tabaco. Nesta quinta-feira, a rodada de reuniões com as empresas continua. As entidades representativas dos produtores irão negociar, individualmente, com Tabacos Marasca, CTA, Universal Leaf, UTC e Premium. E nesta sexta-feira haverá reunião, pela manhã, com a Alliance One.
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O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, disse que as empresas se mostram dispostas a negociar. No ano passado, houve a assinatura do protocolo apenas com a Souza Cruz estabelecendo o reajuste do preço do tabaco em 8,35% para a safra 2016/2017 sobre a tabela anterior.
O acordo ocorreu logo na primeira rodada de negociações, no fim de novembro, e representou 1,05 ponto percentual acima da variação do custo de produção, de 7,3%. No entanto, após várias rodadas de negociações, não houve acordo entre as entidades representativas dos produtos e as demais indústrias.
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