O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) emitiu na tarde desse domingo, 21, um agravo que derrubou a liminar, concedida na noite de sexta-feira pelo juiz da 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, Eugênio Couto Terra, que impedia o retorno da cogestão e a reabertura do comércio não essencial, fechado desde 27 de fevereiro em razão da bandeira preta. Com a nova decisão, do desembargador Marco Aurélio Heinz, fica autorizada novamente a volta da cogestão e a abertura das lojas em todo o Estado a partir desta segunda-feira, 22, com restrições.
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O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Santa Cruz, Ricardo Bartz, comemorou a decisão do Tribunal de Justiça . Segundo ele, até então o clima era de incerteza e preocupação. “A gente percebe que muitos comerciantes já estavam perdendo a paciência com tudo o que vinha acontecendo, inclusive algumas mobilizações estavam sendo articuladas, caso o comércio não essencial não abrisse”, afirmou.
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“Recebemos esta notícia com muita alegria, embora esteja ainda longe do que o comércio, a prestação de serviços e o varejo precisam, por estarem tantos dias fechados. Mas é um início e, mesmo com tantas restrições, serve para que a gente possa conseguir ter um pouco de volume no fluxo de caixa para muitas operações que estão precisando”, avaliou o representante da CDL.
Para o presidente, embora o comércio seja um dos setores mais prejudicados, a contaminação não ocorre dentro das lojas. Bartz considera injusto que o comércio pague pelo aumento de casos da doença. “A maioria das pessoas não se contaminou no trabalho, mas em casa ou em viagens. É aquilo que todo mundo sabe e está cansado de saber: o pessoal começou a relaxar e festejar nas festas de fim de ano, na praia, no carnaval, nas férias e por aí, e estourou agora”, ressaltou.
“A contaminação não ocorre dentro do comércio, mas o que ouvimos do poder público é que fechar o comércio é uma forma de restringir a circulação das pessoas, embora a gente perceba que não é isso que acontece, porque as pessoas continuam se aglomerando nos finais de semana”, acrescentou Ricardo Bartz.
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A CDL lançou nesta semana uma pesquisa entre seus associados, para ter uma estimativa dos prejuízos causados por causa dos dias fechados. Os números deverão ser divulgados nos próximos dias.
O presidente do Sindilojas, Mauro Spode, destacou a importância de as lojas atenderem de portas abertas. “É muito bom para o comércio poder abrir suas portas e receber seus clientes, ainda mais porque estamos próximos da primeira data do calendário do comércio no ano, que é a Páscoa. É uma chance para tentar recuperar as perdas”, comentou.
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Spode ressalta que os protocolos sanitários e de distanciamento devem ser mantidos, tanto por quem trabalha nos estabelecimentos quanto por quem compra, para que o comércio não seja novamente penalizado. “Precisamos trabalhar, precisamos sobreviver e cada um deve fazer a sua parte.”
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