Em reunião na tarde dessa segunda-feira, 13, representantes de entidades representativas dos produtores rurais do Rio Grande do Sul e também da Federação das Associações de Municípios (Famurs) elaboraram uma lista com dez demandas relativas à estiagem que atinge o estado. Os pedidos visam reduzir os impactos sociais e econômicos da seca. Assinam o documento, que vai ser entregue ao governador Eduardo Leite, além da Famurs, a Federação da Agricultura no Rio Grande do Sul (Farsul), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e a Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro).
O documento foi entregue ao governador Eduardo Leite na tarde desta terça-feira, 14. “Houve uma janela sem estiagem no Estado, que fez com que desaprendêssemos a lidar com o tema. Estamos monitorando a situação das cidades e fazendo tudo que está ao nosso alcance, no âmbito estadual, para fornecer auxílio. Contem conosco para reforçar os pedidos que competem ao governo federal”, afirmou Leite aos dirigentes das entidades.
LEIA TAMBÉM: Defesa Civil alerta que estiagem vai persistir até o fim de fevereiro
Publicidade
Veja as 10 demandas elaboradas pelas entidades:
1 – Prorrogação de todas as dívidas dos produtores rurais que tenham origem no crédito rural pelo prazo de 120 dias, tempo que se entende hábil para busca de soluções definitivas para os prejuízos decorrentes da estiagem;
2 – Prorrogação das parcelas de todos os contratos de investimentos, inclusive os do âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que vencem em 2020, para um ano após a última parcela, que hoje consta nestes contratos;
3 – Repactuar em até dez anos os valores do crédito agropecuário, mantendo os encargos contratuais;
4 – Criar linhas de crédito, dentro do Manual do Crédito Rural, para as cooperativas, empresas e fornecedores, que permitam às mesmas repactuarem as dívidas dos produtores rurais atingidos pela estiagem;
5 – Criação de uma linha de crédito emergencial para Agricultores Familiares com teto máximo de R$ 20 mil, com prazo de cinco anos, sem taxas de juros. O crédito tem por objetivo a manutenção do capital de giro, principalmente para aqueles produtores que utilizaram os recursos próprios ou, ainda, para aqueles que fazem a compra e negociação direta nas casas de insumos agropecuários;
6 – Ampliação do zoneamento do plantio da soja para 31 de janeiro e do milho para 29 de fevereiro, com intuito de aumentar a janela de plantio, viabilizando o amparo do crédito oficial para o plantio mais tardio das culturas;
7 – Aumento da cota em 50% por animal e 50% por limite de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) do milho de balcão CONAB, como forma de suplementação da dieta da pecuária e ampliação dos locais de distribuição;
8 – Antecipação dos pedidos do Programa Troca-troca de forrageiras e, também, o aumento do valor por beneficiário de R$ 300 para R$ 500. O objetivo é antecipar o plantio e ampliar a disponibilidade das forrageiras de inverno para a pecuária;
9 – Rebate ou prorrogação nos pagamentos do Programa Troca-troca, para amenizar o endividamento dos agricultores afetados pela estiagem;
10 – Apoio estadual e federal de assistência social para agricultores familiares e trabalhadores de baixa renda não segurados, que não têm acesso ao crédito rural e que dependam exclusivamente da agricultura de subsistência.
LEIA TAMBÉM: Famurs quer criar grupo de trabalho para tratar de estiagem
Publicidade
Com informações da Assessoria de Imprensa da Famurs e do Governo do Estado do RS.