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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Entidade suspeita tem ligações com Rio Pardo

As conexões entre uma associação acusada de fraudar licitação da Prefeitura de Florianópolis (SC) e o município de Rio Pardo vão além do que foi revelado até agora no escândalo que ficou conhecido como Caso São Bento. Uma série de documentos e informações públicas apontam ligações entre a entidade e o Hospital Regional do Vale do Rio Pardo.

Segundo a denúncia, que veio à tona no início do mês, a Associação São Bento, para vencer uma licitação para administração de creches municipais na capital catarinense, teria apresentado atestados de capacidade técnica falsos, incluindo um emitido pela Prefeitura da Cidade Histórica. Embora acusado pela secretária de Trabalho, Cidadania e Assistência Social, Jane Franco, que pediu demissão do cargo, o prefeito Rafael Reis Barros (PSDB) negou as irregularidades e afirmou que a entidade apenas prestou um serviço de consultoria ao Município.

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Porém, com base em dados que vão de registros da Receita Federal a perfis de redes sociais, a Gazeta do Sul constatou que as relações da São Bento com Rio Pardo são mais profundas e envolvem também o Instituto de Educação e Saúde Vida (Isev), organização investigada por supostamente utilizar a São Bento como “laranja” para desvio de recursos públicos, e a Associação Brasileira do Bem-Estar Social, Saúde e Inclusão (Abrassi), que responde pela gestão do Hospital Regional há dois anos.

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Pelo menos quatro empresas quarteirizadas pela Abrassi para prestar serviços junto à casa de saúde possuem sócios ligados à São Bento. As ligações incluem um servidor da Prefeitura de Florianópolis e um alto dirigente da Abrassi, que também já atuou no Isev.

Para administrar o hospital, a Abrassi recebe mensalmente em torno de R$ 2,5 milhões, a maior parte do Estado e União. A instituição é referência em urgência e emergência e atende uma população de 145 mil habitantes de 11 municípios, integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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O QUE A GAZETA APUROU