A Associação de Prevenção do Câncer de Colo do Útero (Apcolu) de Santa Cruz do Sul está mais uma vez chamando a atenção para a importância de buscar formas de evitar a doença. As medidas são simples e incluem a vacinação dos adolescentes contra o papilomavírus humano (HPV) e também o exame citopatológico do colo uterino (Papanicolau), ambos disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. As profissionais ainda se colocam à disposição para auxiliar os municípios na elaboração de campanhas para informar e conscientizar a população sobre o tema.
De acordo com a médica ginecologista Denise Müller, presidente da Apcolu, os índices de vacinação e coleta citopatológica já eram baixos e se reduziram ainda mais durante a pandemia. “Nós, enquanto associação, estamos tentando mobilizar os municípios para que eles trabalhem para melhorar isso”, afirma. Desde 2020 a Organização Mundial da Saúde (OMS) atua em uma campanha global para a eliminação da doença, que é possível por meio da imunização. Nesse sentido, a Apcolu trabalha para fomentar a informação e incentivar a população a se cuidar.
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“Não adianta só a gestão se envolver se as pessoas não tiverem noção da importância que esses cuidados têm”, observa a médica. Ela reforça que os recursos não são novos nem complexos, e são acessíveis a todos de forma gratuita. “Está tudo aí, à mão, basta a população entender que é importante fazer.” A vacinação contra o HPV está disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, em um esquema de duas doses. No caso dos adultos, é possível buscar a imunização na rede particular, em um esquema de três doses para as faixas etárias de 9 a 26 anos no caso dos homens e 9 a 45 no caso das mulheres.
Denise destaca que a vacina contra o HPV foi muito “sensualizada”, dado que a principal forma de transmissão da doença é o contato sexual. Por isso, muitos pais deixam de imunizar seus filhos. “A associação trabalha muito para mudar esse conceito. Nós estamos falando de uma vacina que reduz o índice de seis tipos de câncer que matam milhares de pessoas todos os anos.” Segundo a médica, quando essas aplicações não ocorrem por meio do SUS no período adequado, poucos adultos se imunizam devido ao custo na rede privada.
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“Nós precisamos parar de falar em sensualização e começar a falar em vacina do câncer, porque ela comprovadamente previne seis tipos da doença. Essa é a mensagem que a associação quer passar para as pessoas.” Ainda de acordo com Denise, não há nenhuma outra estratégia conhecida pela medicina para evitar esses cânceres além da imunização contra o HPV. Quem quiser obter mais informações pode acessar o Instagram da associação, que é o @somos.apcolu. Na página é possível esclarecer diversas dúvidas sobre o tema.
Referência para Torres
Na última quarta-feira, 1º, a secretária municipal da Saúde de Torres, Helvia Sanae Mano, esteve em Santa Cruz do Sul acompanhada da médica Luiza Bins Cidade, que atua na rede de atenção básica. O motivo da visita foi conhecer o trabalho da Apcolu e discutir estratégias para reduzir os índices do câncer de colo do útero no município do Litoral Norte. “É com gestores comprometidos com a saúde da sua população que conseguiremos mudar a história dessa doença e salvar muitas vidas no futuro”, disse Denise.
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