Regional

Entenda o trabalho do Canil Municipal e das ONG’s com cachorros dos moradores de rua

Nessa semana, repercutiu amplamente a história do cachorro chamado Lobisomem, que permanece na Praça Getúlio Vargas, no centro de Santa Cruz do Sul, onde seu tutor foi assassinado há seis meses. O animal passou a ser cuidado pelos moradores de rua que frequentam a praça e também por comerciantes locais. O assunto foi tema de reportagem na Gazeta do Sul de quarta-feira. Na mesma data, o cão também recebeu banho, tosa e medicamentos, por iniciativa de uma creche para pets.

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O fato levantou uma importante questão sobre como se dá o procedimento com os cães que vivem com moradores de rua e se eles podem ser adotados por outras pessoas. O Canil Municipal, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura, informou que não acompanha esses animais. No entanto, quando os cães estão feridos ou com alguma enfermidade, são atendidos e recebem assistência veterinária. Castração, medicamentos e vacinas também são disponibilizados, conforme a necessidade.

Assim como Lobisomem,  aqueles cachorros que estão sob tutela de moradores de rua não são considerados abandonados. Uma eventual adoção só pode acontecer caso haja entendimento entre o dono do animal e quem deseja adotar.

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A Organização Não Governamental (ONG) Protetores de Santa Cruz informou que o grupo de voluntários procura auxiliar os cães, sempre que houver necessidade. A integrante Francine Câmara ressalta que, para auxiliar os moradores de rua, quando os cães precisam de banho ou remédio antiparasitário, busca-se fornecer o auxílio na medida do possível. 

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De acordo com Francine, já se tentou realocar alguns dos cães que vivem com os moradores pelas praças, mas, em todas as tentativas, os cachorros fugiram e voltaram para eles. “Entendemos que, embora em situação de vulnerabilidade social, eles têm apego pelos cães, assim como os animais pelos seus donos. A coisa mais humana a se fazer é permitir que eles vivam juntos.”

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Já outros animais, vítimas de abandono ou maus-tratos, são resgatados pela ONG conforme a disponibilidade e o grau de urgência. “Ainda não temos um local próprio para abrigá-los e dependemos de lares temporários ou hospedagem para essa finalidade”, disse a voluntária.

Canil conta com 242 animais

O canil de Santa Cruz do Sul conta com 133 animais, sendo 71 em hospedagem, 14 em lares temporários e 24 em tratamento, totalizando 242. Para quem quiser realizar alguma adoção, é preciso ser maior de idade, ter pátio fechado (em caso de apartamento e adoção de felinos, deve-se ter telas nas varandas e janelas) e disponibilidade, disposição e comprometimento para atender às necessidades do animal adotado.

No momento da adoção, é preciso apresentar CPF, RG e comprovante de residência. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 horas. O endereço é Avenida Prefeito Orlando Oscar Baumhardt, 4.016, Linha Santa Cruz, passando a Granja Municipal. O telefone é (51) 92001 3395.

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Ricardo Gais

Natural de Quarta Linha Nova Baixa, interior de Santa Cruz do Sul, Ricardo Luís Gais tem 26 anos. Antes de trabalhar na cidade, ajudou na colheita do tabaco da família. Seu primeiro emprego foi como recepcionista no Soder Hotel (2016-2019). Depois atuou como repositor de supermercado no Super Alegria (2019-2020). Entrou no ramo da comunicação em 2020. Em 2021, recebeu o prêmio Adjori/RS de Jornalismo - Menção Honrosa terceiro lugar - na categoria reportagem. Desde março de 2023, atua como jornalista multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, em Santa Cruz. Ricardo concluiu o Ensino Médio na Escola Estadual Ernesto Alves de Oliveira (2016) e ingressou no curso de Jornalismo em 2017/02 na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em 2022, migrou para o curso de Jornalismo EAD, no Centro Universitário Internacional (Uninter). A previsão de conclusão do curso é para o primeiro semestre de 2025.

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