Entenda o ritual coletivo realizado nas agências bancárias de Santa Cruz

Conseguir um emprego, obter um número maior de clientes e desviar o desequilíbrio financeiro, são alguns dos objetivos para os quais foram realizados trabalhos, em um ritual que chamou atenção em Santa Cruz do Sul. Quem passou por algumas agências bancárias, no Centro, na manhã dessa terça-feira, 28, viu uma vela junto de um saco vermelho e pipocas espalhadas em frente aos acessos dos estabelecimentos. A responsável pela execução, Mãe Jhenifer de Yemanjá Omimaré explica o processo da cerimônia.

“É um ritual de abertura de caminho e prosperidade financeira, em que eu atendo toda a região. De tempos em tempos, são feitos trabalhos de forma coletiva, nos quais as pessoas podem participar por um custo menor. São sete agências bancárias e não há outra forma de fazer esse tipo de ritual em específico. O número sete é conta de Exú e Pomba-gira, porque esse ritual foi feito para o lado da quimbanda e por isso o número sete. Fomos em sete agências bancárias, escolhemos as de mais movimento. Inclusive em uma delas eu sou cliente e entrei em contato para saber se teria algum problema em realizar e eles me apoiaram. Mais de 100 pessoas participaram do ritual”, conta.

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A Mãe de Santo frisa que os materiais utilizados no rito são biodegradáveis e não afetam o meio ambiente, além de terem sido usados em menor quantidade. Jhenifer de Yemanjá ressalta ainda que a religião enfrenta muito preconceito em Santa Cruz e sugere uma reflexão por parte da comunidade, para que as pessoas conheçam mais sobre as religiões de matriz africana antes de pré-julgarem.

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