Após ser aprovada pela Câmara dos Deputados esta semana, deve ser votada até o dia 7 de setembro pelo Senado a chamada minirreforma trabalhista. O projeto permite às empresas realizarem contratações com regras mais flexíveis – inclusive, sem carteira assinada em alguns casos.
Defendido pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e do Trabalho, Onyx Lorenzoni, como uma forma de gerar empregos e inserir jovens no mercado de trabalho, o projeto cria três novas modalidades de contratação. Um dos programas, o Requip, permite que jovens, desempregados e beneficiários de programas federais de transferência de renda atuem em empresas sem vínculo empregatício ou direitos trabalhistas e previdenciários por até dois anos, com jornada limitada a 22 horas semanais. A empresa teria que oferecer cursos de qualificação e o trabalhador teria direito a uma bolsa de até R$ 550,00 por mês – metade do valor bancado pelo governo e a outra pela empresa.
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Outro programa, o Priore, é voltado a jovens em busca do primeiro emprego ou pessoas com mais de 55 anos que estejam desempregadas. Nesse caso, o trabalhador teria direito a salário e bônus, mas o valor recolhido ao FGTS seria menor. Já o terceiro programa autoriza prefeituras a contratar trabalhadores temporariamente e sem direitos trabalhistas.
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A iniciativa, que pode custar mais de R$ 40 bilhões ao governo federal em cinco anos, divide opiniões. De um lado, é vista como uma forma de baratear as contratações e, com isso, gerar oportunidades de trabalho no momento em que o desemprego no País chega a 14,6%. Outros consideram que as medidas precarizam as condições de trabalho.
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