O Ministério Público do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta terça-feira, 14, a Operação Controle, visando investigar casos de fraude em licitações, desvio de valores públicos e lavagem de dinheiro de agentes públicos de Santa Cruz do Sul. O vice-prefeito, Elstor Desbessell, o vereador e líder do governo na Câmara, Henrique Hermany, quatro secretários municipais e outros servidores foram afastados de seus cargos por 180 dias.
Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o coordenador do 8° Núcleo do Gaeco Central, João Beltrame, explicou que, após esse prazo de 180 dias, o Ministério Público decidirá por um eventual pedido de prorrogação do afastamento dos alvos da operação por mais 6 meses para continuidade das apurações. Durante esse período, os agentes envolvidos na investigação farão a análise dos dados, documentos e dispositivos eletrônicos coletados durante a ofensiva da manhã desta terça. A partir disso, pode ou não ser formalizada uma acusação ao Judiciário.
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A medida, segundo Beltrame, não prevê que simplesmente deixem de exercer suas funções, e sim que eles sequer tenham o direito de comparecer aos órgãos dos quais foram afastados, nem manter contato com outros servidores destes. Ainda, o promotor justificou a decisão pelo afastamento dos políticos, e não pela prisão preventiva. “No núcleo político, a gente entende que, se certas pessoas forem afastadas das funções públicas, elas não têm como dar continuidade ao crime que elas vinham praticando.” Todos os afastados continuam recebendo salários.
*Colaborou o jornalista Ronaldo Falkenback
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