Passado mais de um ano desde o início da pandemia do novo coronavírus, o avanço das pesquisas e da tecnologia vem permitindo a utilização de diferentes tipos de testes para detectar a presença do vírus ou a produção de anticorpos pelo organismo. Contudo, cada exame serve para um propósito diferente e suas aplicações devem obedecer determinados critérios para que o resultado seja confiável. Além da rede pública de saúde, a testagem pode ser feita em laboratórios de análises clínicas e farmácias.
Entre todos os testes disponíveis, o mais confiável é o RTPCR, conforme explica o biomédico Rafael Fighera, gestor do Laboratório Santa Cruz. Considerado padrão ouro, tem a capacidade de detectar a presença ativa do vírus no organismo por meio da amostra colhida da orofaringe do paciente, com o mais alto grau de sensibilidade e especificidade. Tratando-se de um teste que analisa o material genético do SarsCoV-2, a aplicação deve ocorrer entre o primeiro e o sétimo dia de sintomas ou do contato com alguém que teve teste positivo. Em função de a análise ser feita em um laboratório externo, o resultado normalmente leva de dois a quatro dias para ficar pronto.
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Como alternativa ao RTPCR para detectar a presença do vírus, também é possível usar o teste de antígeno. Apesar da semelhança dos procedimentos, sendo também necessária a coleta de amostra da orofaringe do paciente, a principal diferença é a velocidade do resultado, que fica pronto em 15 minutos e não necessita de laboratório de apoio. A aplicação indicada, segundo Fighera, é a partir do quarto até o sétimo dia do início dos sintomas.
Por fim, existem os testes de sorologia, que, diferentemente dos anteriores, não têm a capacidade de detectar o vírus, mas sim a presença de anticorpos no organismo. Esses anticorpos podem ser do tipo IgM, que indica contato recente com o SarsCoV-2, ou do tipo IgG, apontando que a exposição ocorreu há mais tempo.
Ainda segundo Fighera, esses exames podem ser feitos com coleta de sangue em laboratório ou com apenas uma gota de sangue retirado do dedo, naquele que é popularmente conhecido como teste rápido. A diferença entre eles é que a análise do sangue oferece maior sensibilidade e menor risco de falsos negativos. O período indicado para a aplicação é após o sétimo dia do início dos sintomas.
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O que é usado hoje
RT-PCR
Para que serve: detectar a presença do vírus.
Quando deve ser aplicado: entre o primeiro e o sétimo dia de sintomas ou contato com caso positivo
Quanto tempo demora: dois a quatro dias
Valor: R$ 250,00, em média
Teste de antígeno
Para que serve: detectar a presença do vírus
Quando deve ser aplicado: entre o quarto e o sétimo dia de sintomas
Quanto tempo demora: 15 minutos
Valor: R$ 100,00, em média
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Teste sorológico em laboratório
Para que serve: detectar a presença de anticorpos IgM e IgG
Quando deve ser aplicado: a partir do sétimo dia de sintomas
Quanto tempo demora: fica pronto no mesmo dia.
Valor: até R$ 200,00
Teste sorológico rápido
Para que serve: detectar a presença de anticorpos IgM e IgG
Quando deve ser aplicado: a partir do sétimo dia de sintomas
Quanto tempo demora: 15 minutos
Valor: R$ 80,00, em média
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