O dr. João Hollanda, ortopedista especialista em joelho, explica o que causa e quais as consequências da luxação da patela em crianças jovens.
A luxação da patela, que é o deslocamento da rótula para o lado de fora do joelho, é um problema relativamente comum e que impacta a vida de crianças e adolescentes de diversas maneiras:
O ortopedista explica que a base do problema envolve características anatômicas individuais que facilitam a patela a se deslocar, mas que nem todas as pessoas que apresentam esta anatomia favorável vão, de fato, apresentar a luxação.
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Uma vez que a patela tenha saído do lugar, as estruturas que a estabilizam se rompem, e existe grande probabilidade de que isso passe a ocorrer de forma recorrente, às vezes em pessoas tão jovens como 12, 13 anos de idade. “A primeira vez que a patela sai do lugar, o risco de isso voltar a acontecer é de aproximadamente 50%. Com a segunda luxação, vai para aproximadamente 90% e, a partir da terceira luxação, podemos dizer que novos episódios virão a acontecer em questão de tempo.”
Uma vez que o paciente apresente luxação recorrente da patela, a única forma de se corrigir o problema é por meio de cirurgia. “A fisioterapia pode até contribuir para a melhora temporária da dor e da função do joelho, mas não a impedirá de se deslocar novamente”. Segundo o dr. João, as técnicas cirúrgicas para o tratamento da luxação da patela evoluíram muito nos últimos anos, o que permite a correção do problema e um alto índice de satisfação.
“O problema é que, com medo da cirurgia, muitos pacientes vão adiando indefinidamente o procedimento e buscam por tratamentos alternativos que sabidamente não impedirão que a patela volte a se deslocar. A cada nova luxação, a cartilagem vai ficando pior, sendo que as possibilidades de tratamento para as lesões da cartilagem articular são bem mais restritas do que para o tratamento da luxação da patela. O resultado, a longo prazo, acaba sendo comprometido.”
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