Alguns utensílios e produtos que utilizamos corriqueiramente em casa merecem atenção especial na hora de serem descartados. Itens como pilhas, baterias e lâmpadas possuem metais pesados em sua composição e não podem ser colocados junto com o lixo doméstico comum. A mesma situação ocorre com os eletrônicos, como televisores, aparelhos de som, computadores e eletrodomésticos, entre outros, que devem ser destinados à coleta específica.
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Sustentabilidade (Semass) de Santa Cruz do Sul, a orientação para o descarte desses resíduos tóxicos é utilizar a chamada logística reversa, que consiste em fazer o produto percorrer o caminho inverso, retornando do consumidor à empresa que o fabricou para que ela faça o armazenamento correto ou a reciclagem, quando for possível. No caso de pilhas, lâmpadas e lixo eletrônico, o consumidor pode entregar os itens à loja onde os adquiriu. Caso isso não seja mais possível, deve-se procurar empresas licenciadas para esse fim.
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No caso das baterias automotivas, as empresas que as revendem têm a obrigação legal de recolher o produto usado no ato da troca e dar a destinação correta. A fiscalização e a adoção de punições em caso de descumprimento cabem à Semass. Conforme a Lei 2533/1993, que criou o Código Municipal de Limpeza Urbana, esses resíduos são classificados como resíduos sólidos especiais. O risco do descarte incorreto é a contaminação do solo e do lençol freático, causando doenças e agravando a poluição do solo, do ar e da água.
Essa mesma lei determina que cabe ao Município a coleta e a destinação do lixo domiciliar, comercial, ambulatorial (de consultórios médicos e odontológicos) e o lixo depositado nas lixeiras públicas. Já os resíduos hospitalares, industriais, de construção civil e os especiais são de responsabilidade de quem os gerou ou tirou proveito deles. As penalidades por descumprimento da lei são advertência, multa que varia de uma a cem Unidades Padrão do Município (UPM) – que hoje está em R$ 326,30 – e interdição temporária ou definitiva. As penas são agravadas em caso de reincidência.
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Santa Cruz já oferece diversas opções à população
A população santa-cruzense dispõe de várias opções para realizar o descarte correto dos resíduos sólidos. A principal delas é por meio da Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat), que além de possuir um ponto de entrega voluntária (PEV) no final da Rua Venâncio Aires, também oferece a coleta seletiva em 15 bairros semanalmente. Podem ser descartados todos os tipos de materiais recicláveis, como papel, plástico, vidro e metal. Lixo eletrônico e óleo de cozinha saturado podem ser entregues no PEV.
Outro local onde podem ser destinados todos os tipos de recicláveis é na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que dispõe de lixeiras específicas espalhadas por todo o campus. Além disso, alguns supermercados do município oferecem recipientes especiais para receber óleo de cozinha saturado, pilhas usadas e também latas de alumínio. Recentemente a Semass, em parceria com a Conesul Soluções Ambientais, iniciou a implantação do projeto Recicla Santa Cruz, com a instalação de quatro contêineres de cor laranja na área central do município. Neles, a população pode descartar papel, vidro, plástico e metal, que são recolhidos por meio da coleta automatizada. Após o transbordo, todo o material é destinado à Coomcat. Vale ressaltar que os contêineres verdes, utilizados há um longo período no município, são destinados exclusivamente aos resíduos orgânico.
A COOMCAT NOS BAIRROS
Goiás – Segunda e sexta-feira de manhã
Higienópolis e Santo Inácio – Segunda e sexta-feira de manhã
Avenida e Universitário – Segunda e quarta-feira de tarde
Independência, Renascença, Várzea – Quarta-feira de manhã e sexta-feira à tarde
Centro – Todos os dias nos três turnos
Belvedere, Bonfim, Margarida, Monte Verde – Terça-feira de manhã
Ana Nery e Arroio Grande – Terça-feira de tarde
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