Quem acordou cedo nesta sexta-feira, 14, em Santa Cruz do Sul, viu algo diferente no céu. Diversos leitores do Portal Gaz e ouvintes da Rádio Gazeta registraram um rastro diferente entre as nuvens. Era como se algo tivesse separado uma formação de nuvens. Logo, eles começaram a questionar o que tinha acontecido. A reportagem foi consultar a meteorologista Estael Sias, da MetSul, em busca de explicações.
Segundo ela, o fenômeno mostra trilhas de condensação. “Quando a atmosfera está fria e ocorre a descarga de ar de uma turbina de avião, o vapor d’água presente na atmosfera se condensa. Com isso, ele passa de vapor para pequenas partículas de gelo”, revela a meteorologista. Segundo ela, o resultado é a formação de nuvens que seguem o “desenho” da trilha por onde passou o avião.
“Vendo a radiosondagem da Base Aérea de Santa Maria de hoje pela manhã, havia uma camada de ar muito frio, entre 5 a 7 mil metros de altura”, explica Estael. Nesta faixa do céu, a temperatura pode chegar a – 20 graus. Este fator, associado ao pouco vento e com a alta umidade do ar, dificulta a dissipação da formação provocada pela turbina dos aviões.
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Segundo o site Flighradar24, especializado em monitorar o tráfego de aviões, o rastro visto na manhã desta sexta-feira em Santa Cruz foi provocado por um Boeing 747-830 da empresa alemã Lufthansa. Ele faz a rota entre Frankfurt, na Alemanha, até Buenos Aires, na Argentina.