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Ensino superior a distância: uma opção que cresce a cada dia

A opção por cursos na modalidade de ensino remoto, que já vinha aumentando nas universidades antes mesmo da pandemia, segue crescendo em ritmo acelerado. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a educação a distância (EAD) já é maior do que a presencial e, nos últimos dez anos, cresceu 378,9%. Um dos fatores determinantes para a escolha de cursos nessa modalidade, em detrimento da forma presencial, é a indisponibilidade de tempo para frequentar as salas de aula nos moldes tradicionais.

Em 2019, diante do crescimento desse segmento no mercado, a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) também implantou a modalidade EAD. A oferta inicial era de 12 cursos e atualmente são 16. Em dois anos, o número de alunos matriculados chegou a 1,3 mil, distribuídos entre os campi de Santa Cruz do Sul, Capão da Canoa, Sobradinho, Montenegro e Venâncio Aires.

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Uma das vantagens oferecidas pelo curso EAD é a manutenção das aulas online nas plataformas digitais. Após o aluno consumir o conteúdo em casa, por meio de vídeos ou de leituras, ele vai até a universidade para ter as aulas práticas. Além disso, o estudante pode aproveitar toda a infraestrutura da Unisc, como, por exemplo, os laboratórios e a biblioteca.

Na avaliação do vice-reitor Rafael Henn, o que determina a escolha por determinado modelo de ensino é o perfil do estudante | Foto: Lula Helfer/Banco de Imagens

O vice-reitor da Unisc, Rafael Frederico Henn, explica que ainda há muita confusão entre o que é aula remota, curso presencial e curso EAD. Ele explica que o Ministério da Educação (MEC) estabelece a existência de apenas dois tipos de cursos: o presencial e o EAD. “Antes de 2019, a Unisc ofertava somente cursos presenciais. Porém, como no Brasil inteiro vêm crescendo muito a oferta e a procura por cursos de graduação a distância, nós fizemos um estudo e decidimos entrar para esse mercado também”, conta. A partir disso, a universidade analisou quais cursos tinham maior procura no País, no Estado e nas regiões de atuação da instituição.

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De acordo com Henn, o que determina a escolha por um curso a distância ou presencial é o perfil do estudante. “No EAD, o estudo é muito mais autodidata. O aluno entra em uma plataforma e vai consumindo o conteúdo sozinho. De tempos em tempos, tem uma interação com tutores e realiza algumas avaliações, enquanto no presencial é totalmente ao contrário”, observa. Apesar de serem modalidades de ensino bem diferentes, o diploma tem a mesma validade. Para conhecer os cursos oferecidos, basta acessar o endereço eletrônico ead.unisc.br.

Sistema híbrido é a tendência
O ensino híbrido, que combina práticas dos formatos a distância e presencial, é considerado a grande tendência entre as metodologias de educação. O sistema ganhou força com as restrições impostas pela pandemia. Muitas alterações foram necessárias para reordenar estratégias metodológicas e ampliar a mediação no processo de aprendizagem. Assim, o MEC possibilitou a universidades e escolas terem aulas remotas mesmo em cursos presenciais. Pelo sistema, as aulas teóricas ocorrem a distância, enquanto as práticas, no caso da graduação, são ministradas no modo presencial – estas, porém, estão suspensas durante a vigência da bandeira preta no Rio Grande do Sul.

Segundo Rafael Frederico Henn, o ensino híbrido é uma tendência nas instituições de ensino superior. Uma das vantagens é que ele contribui para a redução de custos, tanto para as instituições de ensino quanto aos estudantes. No entanto, ainda não há normativas específicas para regulamentar esse sistema, diferentemente do que acontece no EAD. Contudo, tal regulamentação está perto de se concretizar. “Daqui a alguns anos, não existirão mais essas diferenças de modalidade: os dois métodos, presencial e a distância, serão mesclados. Vai ser um único curso superior, e cada instituição poderá definir qual percentual quer de presencialidade e qual o percentual em EAD”, antecipa o vice-reitor.

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