Era cruzando a fronteira do Rio Grande do Sul com Argentina e Uruguai com caminhões carregados de bebidas importadas ilegalmente escondidas em meio a falsas cargas de trigo, que um grupo criminoso com tentáculos em todo o Brasil tinha um lucro diário que chegava a R$ 100 mil. Com fornecedores e intermediários espalhados pelos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, a quadrilha tinha integrantes do seu alto escalão em Venâncio Aires. Na Capital do Chimarrão, cabia a parte dos indivíduos a lavagem de dinheiro a mando do líder do grupo, que atualmente mora em um condomínio de luxo em Lajeado.
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Esse homem, que não teve a identidade divulgada, cooptou um morador de Venâncio Aires para auxiliar na lavagem de capitais, como explica o titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Venâncio Aires, delegado Vinicius Lourenço de Assunção. “Eles mascaravam notas fiscais para entrada no país. Diziam que eram trigo e na verdade entrava bebida. Com todo esse dinheiro entrando, tinham que dar um jeito de ‘escoar’ e criaram uma estrutura capaz de lavar todo esse dinheiro usando setores como construção civil e venda de automóveis”, detalhou.
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No ramo da construção civil estava envolvido um dos cinco alvos presos nesta quinta-feira, 30. O homem, que também não teve a identidade divulgada, foi capturado em uma casa de luxo no Bairro Santa Tecla. “Montavam empresas em Venâncio com grande injeção de recurso advindo de ilícitos. Tem empresa que em 2019 tinha quatro veículos na frota e hoje está com 130. São pessoas que ostentavam mostrando um patrimônio elevado adquirido com pouco tempo de negócios, como foi o caso desse empresário da construção civil”, frisou.
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