Em meio a um clima de segundo turno antecipado na disputa presidencial, gerado por uma polarização sem precedentes na democracia brasileira, 156,4 milhões de pessoas vão às urnas neste domingo, 2, com o resultado ainda em aberto nas eleições. A votação vai das 8 horas às 17 horas. Com a decisão de uniformizar o horário em todo o País, a expectativa é de que a apuração seja concluída mais cedo do que em anos anteriores.
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Embora sejam 11 candidaturas registradas, o embate entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) anulou as chances da chamada “terceira via nessas eleições”. Nesta reta final, Lula concentrou-se em uma campanha para arregimentar eleitores de outros candidatos e buscou aproximação com setores resistentes ao PT. Desde segunda-feira, recebeu apoios como o do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa. Já Bolsonaro intensificou a campanha negativa contra Lula, pautando sobretudo os escândalos de corrupção da era petista, com o objetivo claro de aumentar a rejeição do oponente. Ainda que também sejam críticos do atual governo, outros candidatos, como Ciro Gomes (PDT) e Felipe D’Ávila (Novo), também subiram o tom contra Lula.
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Com uma baixíssima margem de indecisos apontada nos levantamentos de intenção de voto – ao redor de 85% dos eleitores afirmam que já definiram posição nas eleições –, a tendência é que o resultado das urnas seja decidido por fatores como abstenção – inclusive em função do receio de violência – e o tamanho do movimento pelo voto útil.
Após uma eleição morna em 2018, a disputa pelo governo gaúcho também foi beligerante, inclusive reproduzindo a polarização nacional em muitos momentos. À frente nas pesquisas, Eduardo Leite (PSDB) foi alvo de praticamente todos os adversários. Os embates entre ele, Onyx Lorenzoni (PL), Edegar Pretto (PT) e Vieira da Cunha (PDT) foram marcantes nos debates. Diferentemente da corrida presidencial, os postulantes ao Piratini se enfrentaram nada menos do que 11 vezes. O Regime de Recuperação Fiscal e a possível privatização da Corsan e do Banrisul foram alguns dos temas mais recorrentes.
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O cenário apontado nas pesquisas sugere um segundo turno entre Leite e Onyx, tendência que se manteve desde o início da campanha e deu o tom da reta final. O histórico de surpresas eleitorais no Estado, porém, deixa analistas e partidos em sinal de alerta. O certo é que a eleição não deve terminar em primeiro turno.
A maior incógnita envolve a eleição para o Senado. Com uma única vaga em disputa, a corrida se acirrou entre Olívio Dutra (PT), Ana Amélia Lemos (PSD) e Hamilton Mourão (Republicanos). O petista, que aglutinou as forças de esquerda, demonstra ligeira vantagem, enquanto o campo da direita e centro-direita se dividiu e tentou potencializar o antipetismo na reta final. Na prática, porém, o percentual de indecisos, na casa de 10%, deixa o resultado em aberto. Outro fato de última hora foi a renúncia de Comandante Nádia (PP), que apoiou Mourão, embora setores do PP tenham decidido se colocar ao lado de Ana Amélia.
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Poucos debates
Boa parte dos encontros previstos no início da campanha acabaram cancelados diante da falta de interesse dos dois principais candidatos. Lula e Bolsonaro se enfrentaram apenas duas vezes, na Band e na Globo, já que o petista faltou ao debate do SBT.
Ruas limpas
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Diferentemente de eleições passadas, a presença de material de campanha nas ruas foi moderada. O mais comum foram os chamados wind banners.
Guerra de pesquisas
A desconfiança lançada por alguns setores da população quanto aos institutos tradicionais também acentuou a circulação de pesquisas com resultados distintos e que alimentavam o clima de polarização.
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Predominância do fundo eleitoral
O fundo partidário e o fundo eleitoral foram as principais fontes de recursos da grande maioria das campanhas.
Baixo volume de indecisos
Os levantamentos de intenção de voto apontaram, desde o início da campanha, um índice de eleitores já decididos quanto ao voto para presidente muito superior ao de eleições passadas. Isso reforça o caráter plebiscitário da disputa.
Tom elevado
Tanto os debates quanto a propaganda na TV e rádio e nas redes sociais foram marcados por um tom agressivo entre os candidatos a presidente. O tema da corrupção foi predominante e gerou trocas de acusações e bate-bocas – alguns de baixo nível, como aconteceu no debate final, na Rede Globo.
Terceira via apagada
Como já se projetava, as candidaturas alternativas em nenhum momento demonstraram fôlego para furar a polarização, apesar de o desempenho de alguns candidatos ter sido elogiado.
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