Às 12h50 desse domingo, 28, escorada em um pilar no corredor de acesso ao bloco um da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), com dedilhar frenético no celular, estava Cassiana Ferreira, de 19 anos. Ela verificava a distância que sua mãe estava e se conseguiria chegar antes das portas se fecharem e ser dado início às provas de Matemática e Ciências da Natureza do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Não foi possível. Com o fechamento das portas, Cassiana viu a esperança de ter a nota completa ir embora. Tudo isso porque havia esquecido o documento de identidade. A jovem tentou utilizar a carteira de habilitação na versão digital, mas não foi aceita pela equipe que faz a fiscalização. A solução encontrada foi pedir para a mãe levar, mas como moram em Vera Cruz, não houve tempo hábil. “É triste, porque eu acredito que fui muito bem na prova da semana passada”, lamentava.
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Mais tranquilos estavam os integrantes da família Tesche, de Candelária. Os pais Gerson e Veridiana levaram Henrique Otávio para fazer as provas, como forma de conhecer o processo, já que tem 16 anos e está no segundo do Ensino Médio. Enquanto o estudante testava os conhecimentos nas exatas, eles ficaram no pátio da universidade fazendo, entre outras atividades para passar o tempo, as cruzadas publicadas na Gazeta do Sul.
Apesar de realizar o exame como forma de conhecer o sistema, Henrique Otávio levou a sério. Entendeu que as questões da primeira prova foram exaustivas, apesar de não terem grande grau de dificuldade. “O que não esperava era o tema da redação (Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil). Surpreendeu”, relembra. Sobre a desse domingo, achou serem boas as questões de Matemática, que é a sua predileta. “Em Biologia e Química, que não tenho muita afinidade, deu para ir bem.”
As amigas Évelin Seelig Goularte e Theodora Glesse, ambas de 16 anos, estavam tranquilas. Estavam com o mesmo pensamento do jovem de Candelária. Acharam as questões amplas e exaustivas. “Na metade da prova já estava cansada”, disse Pâmela Reis, 18 anos. Formada no Ensino Médio, busca uma vaga no curso de Relações Exteriores. Mesmo preferindo as humanas, não percebeu muita dificuldade. “Achei mais fácil do que a do primeiro dia, que é de Linguagem, que gosto mais.”
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Por dentro do Enem
Inscreveram-se para o Enem este ano 3,1 milhões de estudantes. A abstenção nas primeiras provas, que foram de Ciências Humanas, Linguagens e Redação, no dia 21, chegou a 74%. Ontem, em 1,7 mil municípios, foram aplicadas as questões de Matemática e de Ciências da Natureza, em versão impressa e digital. Os participantes tiveram cinco horas para a resolução.
O Enem é uma oportunidade para os brasileiros ingressarem no Ensino Superior. Nesta edição, serão duas aplicações – a primeira já ocorreu e terminou ontem, enquanto a segunda será nos dias 9 e 16 de janeiro de 2022. As inscrições foram reabertas no segundo semestre. A ideia da segunda etapa é conceder uma nova oportunidade para os interessados em participar que conseguiram a isenção na avaliação do ano anterior, mas não compareceram aos dias das provas devido à pandemia de Covid-19.
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Os gabaritos das duas primeiras provas serão divulgados na quarta-feira, 1º.
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