O município de Encruzilhada do Sul iniciou uma mobilização para localizar famílias que não responderam ao censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e para que a população atenda os recenseadores. Em apenas três dias de trabalho, servidores da Prefeitura fizeram uma lista com mais de 1,1 mil moradores que informaram que não foram recenseados.
O vice-prefeito Emanuel Guterres Nobre protocolou o levantamento na tarde dessa sexta-feira, 6, junto ao chefe do escritório do IBGE de Santa Cruz do Sul, Luiz Eduardo Braga, para que os agentes possam fazer o cruzamento das informações com os dados da pesquisa do instituto. Encruzilhada do Sul está entre as cidades da região que terão redução no índice do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), com base nos dados parciais do censo encaminhados pelo IBGE ao Tribunal de Contas da União (TCU) no fim de 2022.
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O prefeito Benito Paschoal, que também preside a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), em entrevista ao programa Radar da Rádio Gazeta FM 107,9 da última quinta-feira, 5, disse que a medida causou surpresa, pois o levantamento ainda não terminou na maioria das cidades do País.
A exemplo de Venâncio Aires, a Prefeitura de Encruzilhada do Sul entrou na Justiça com pedido de liminar para tentar reverter o coeficiente utilizado no rateio do FPM. O prefeito informou que o município deixará de receber quase R$ 4 milhões por ano com o rebaixamento do índice, valor que representa quase 4% do orçamento. A estimativa do IBGE de 2021 apontou 26.039 habitantes em Encruzilhada, mas os dados preliminares do censo de 2022 enviados ao TCU contabilizaram apenas 22.276 moradores.
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Um dos fatores nos quais o município se embasa para contestar os dados são as vacinas aplicadas contra a Covid-19. Conforme Benito Paschoal, 23.270 pessoas com mais de 5 anos receberam a primeira dose. “E sabe-se que muitos não se vacinaram”, acrescenta. “O ideal é que o governo federal estenda o censo até o fim de março para que o IBGE realmente tenha todas as condições de fazer o trabalho”, defende Paschoal.
Com o objetivo de colaborar com o IBGE, a Prefeitura iniciou uma campanha com carros de som nas ruas, chamadas no rádio e em redes sociais para que as pessoas atendam os recenseadores e informem se ainda não foram procuradas pela equipe de pesquisa. Além disso, a mobilização envolvendo servidores municipais, agentes de saúde e equipes de assistência social pretende fazer um levantamento em 100% da área urbana e o máximo possível da zona rural para obter informações de famílias que ainda não foram recenseadas.
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Um servidor municipal também passou a atender em horário comercial na Prefeitura as pessoas que ainda não foram procuradas para o recenseamento. O trabalho serve para dar suporte ao IBGE na conclusão do censo. “Enquanto administração municipal, juntamente com nossos colaboradores, a sociedade encruzilhadense, em parceria com o IBGE, faremos tudo que estiver ao nosso alcance para reverter este quadro que financeiramente é catastrófico para o município. Tenho certeza e esperança que conseguiremos atingir o objetivo que almejamos”, destaca o vice-prefeito Emanuel Nobre.
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