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Encruzilhada do Sul decreta situação de emergência em função da estiagem

Foto: Leandro Noronha – SMAA

Com perdas que acumulam R$ 153 milhões no setor primário, insegurança alimentar e escassez hídrica, Encruzilhada do Sul, no Vale do Rio Pardo, decretou situação de emergência em função da seca enfrentada pelo município. O decreto foi assinado, ainda na sexta-feira, 31, pelo prefeito Benito Paschoal. Só na agropecuária, a cidade enfrenta redução de 50% na safra do milho, 25% na soja, 35% na melancia, 27% no fumo, além de prejuízos na fruticultura, no turismo local e perdas de 12% no peso do boi vivo.

O início do ano letivo, previsto para o próximo dia 12, também está prejudicado. Dados da Secretaria de Educação Municipal apontam que cerca de cinco localidades enfrentam escassez hídrica, atingindo 545 alunos do interior. “Mais de 900 pessoas do interior estão com dificuldades de acesso à água potável todos os dias e o caminhão-pipa já prevê a entrega de mais de 80 mil litros de água potável”, estima o prefeito Benito Paschoal.

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Para minimizar a falta de chuvas, a Defesa Civil realizou a instalação de duas cisternas, sendo uma na Escola Marechal Rondon, na localidade do Dom Marcos, e outra no Chana, junto à comunidade terapêutica Desafio Jovem, cada uma com capacidade para 15 mil litros.

Além disso, a partir de relatório da Corsan – Aegea, em breve deve ter início a dragagem de água de açudes para manter o abastecimento. “O nível mínimo normal da barragem é de 2,44 metros. Atualmente, já está abaixo de 2,22, e conforme a companhia, com 2 metros, já deve ser iniciada a transposição da água. Se os níveis chegarem a 1,60 metros, o estado é considerado crítico”, projeta o secretário de Administração e coordenador da Defesa Civil Municipal, Gilson Soares.

Outras iniciativas

O município também realiza uma força-tarefa com as Secretarias de Agropecuária, Transportes e Obras para a implementação de bebedouros para animais (microaçudes). Além disso, um caminhão-pipa e tanques de abastecimento seguem garantindo abastecimento a quem precisa, através da Secretaria de Cidadania. “Aguardamos a homologação do decreto de emergência pelos órgãos competentes para auxiliar nessa situação”, acrescenta Benito Paschoal.

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