O 2º Encontro Municipal de Conscientização da Violência Contra as Pessoas Idosas foi realizado na tarde dessa quinta-feira, 15, no anfiteatro do bloco 18 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Neste ano, a temática debatida foi a violência institucional e estrutural contra os idosos. O evento é promovido pelo Sesc unidade Santa Cruz do Sul, junto com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Unisc e diversos parceiros.
“Essa é uma atividade que integra o Junho Violeta, um movimento cujo objetivo é conscientizar a população sobre o envelhecimento e as formas de violência contra a pessoa idosa”, afirma Fabrício Gianezini, diretor do Sesc Santa Cruz. Segundo ele, eventos nesses moldes foram realizados em mais de cem municípios do Rio Grande do Sul. Participaram grupos de maturidade ativa mantidos pelos organizadores e também a comunidade em geral, visto que a participação era livre e gratuita para todos os públicos.
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Presença sempre confirmada em iniciativas como essa, o presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas de Santa Cruz do Sul (Apopesc), Germano Kelber, tratou o encontro como fundamental para congregar idosos e jovens sobre uma pauta em comum. “No Brasil, nós percebemos que o idoso ainda é colocado de lado, então eventos como esse nos trazem uma nova esperança”, elogiou. Para ele, a sociedade precisa compreender o valor e atuar na defesa dos direitos dos idosos.
Mesmo prestes a completar 88 anos, Kelber diz que não pretende parar de trabalhar e quer cumprir o mandato à frente da Apopesc, que vai se encerrar em 2024.
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Após uma apresentação musical, o painel teve início com a fala da professora Sílvia Areosa, coordenadora do Grupo de Pesquisa e Estudos em Envelhecimento e Cidadania da Unisc. Ela explicou sobre as violências institucional e estrutural. “Quando alguém vai lá no INSS encaminhar a aposentadoria e eles deixam essa pessoa esperando por três anos sem resposta, isso é violência institucional.”
A violência estrutural foi exemplificada com o seguinte dado: somente 15% dos brasileiros aposentados recebem mais de três salários mínimos. “Isso quer dizer que 85% das pessoas que trabalharam a vida inteira e se aposentaram, hoje não conseguem ter as condições de moradia, alimentação, saúde e lazer que seriam necessárias porque o valor não cobre tudo isso”, alertou a professora. A falta de políticas públicas para mudar a vida dos idosos em situação de rua também foi citada na mesma classificação.
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Já a psicóloga Eduarda Corrêa Lasta, integrante do Conselho Municipal do Idoso, destacou a atuação do órgão na fiscalização de denúncias e também das Instituições de Longa Permanência de Idosos (Ilpis). De acordo com ela, as situações mais comuns identificadas são maus-tratos e negligência, mas há também casos de abusos físicos e verbais que, muitas vezes, são cometidos pelos próprios familiares. Eduarda orientou quanto à necessidade de que as pessoas denunciem e assegurou o sigilo da identidade e de todas as informações repassadas.
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