Proprietários de farmácias venâncio-airenses e a Secretaria Municipal da Saúde iniciaram nesta quinta-feira, 28, as discussões para a retomada do atendimento 24 horas nestes estabelecimentos em Venâncio Aires. O encontro na Prefeitura, convocado pelo secretário Celso Artus, reuniu dirigentes e farmacêuticos representando oito estabelecimentos do gênero de Venâncio Aires. A expectativa da Administração Municipal é de que em até 15 dias as partes cheguem a uma solução definitiva, com a aceitação de uma das farmácias em suprir a demanda e implantar o hoje inexistente atendimento durante algumas horas ao longo da noite.
A demanda existe deste setembro do ano passado, quando a última farmácia que recebia o público durante as 24 horas do dia decidiu cessar o atendimento durante a madrugada. A lacuna se dá entre 1h e 6h entre segundas-feiras e sábados; entre 0h e 7h30min de sábados para domingos e entre 0h e 6h de domingos para segundas – horários em que não é possível encontrar nenhum estabelecimento do setor de portas abertas na cidade. “As empresas alegam que o Conselho Regional de Farmácia (CRF-RS) exige a presença em tempo integral de farmacêutico no recinto, o que torna os custos inviáveis para os proprietários”, destaca Celso Artus.
Mesmo diante da dificuldade, Artus se declarou otimista com um desfecho positivo, diante da sensibilidade ao pleito demonstrada pelos representantes das farmácias. “Juntos, o Hospital São Sebastião Mártir e a UPA oferecem hoje atendimento com quatro médicos plantonistas em tempo integral à população. No entanto, o paciente recebe no pronto-atendimento apenas a primeira dose do medicamento necessário, o que pode não suprir sua necessidade”, assinala o secretário. “Já recebemos manifestações de pessoas que precisaram se deslocar a Santa Cruz do Sul ou a Lajeado durante a madrugada, somente para comprar os medicamentos prescritos necessários”, enfatiza.
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Caso nenhuma farmácia aceite a possibilidade de abrir as portas de forma permanente nas madrugadas, Celso Artus afirma que a Secretaria Municipal da Saúde não descarta instituir um posto farmacêutico próprio de atendimento, mantido pela Prefeitura e com o intuito de ao menos suprir o horário hoje vago. “Esta lacuna não pode continuar em aberto e por isso estamos mobilizados, juntamente com a iniciativa privada, para atender a esta demanda da população”, encerra.
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