A tarde dessa sexta-feira, 10, proporcionou ao ex-jogador e ex-treinador da Seleção Brasileira Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, um momento para conhecer o seu passado familiar. Ele visitou o Cemitério Evangélico de Alto Linha Santa Cruz, onde estão sepultados alguns imigrantes alemães que chegaram àquela localidade em dezembro de 1849, e tiveram participação na colonização na região.
No local, Dunga conheceu os túmulos de seus trisavós vindos da Alemanha, August e Albertina Blöclorn, falecidos em 1922. No cemitério, que é tombado como patrimônio municipal, também estão enterrados quatro filhos do casal. “Eu sabia da existência do local, por causa da minha mãe e outros familiares aqui de Santa Cruz que me contaram sobre a história”, disse. Ele nasceu na cidade de Ijuí, em 1963, região Noroeste do Estado.
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O técnico de futebol e capitão da conquista do tetracampeonato da Copa do Mundo, em 1994, se considera com origens germânicas e italianas. “A cada descoberta vou enriquecendo minha história de família.” Para ele, pisar no cemitério de seus antepassados foi importante. “É um passado presente. Essas pessoas foram os desbravadores aqui do Sul.”
Dunga esteve acompanhado pela comitiva do Rotary Cidade Alta e Associação Cultural, Recreativa, Esportiva e Social (Acres) de Linha Santa Cruz. Na oportunidade, foram apresentados dados históricos ao ex-jogador e ídolo do Internacional. “Isso mostra o trabalho que esses imigrantes tiveram ao chegar aqui. Era uma superação diária, naquela época.”
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Para o integrante da Acres, Cláudio Kistenmacher, receber alguém como Dunga representa a importância do lugar, que foi restaurado pela associação. “Ele é uma pessoa que conquistou o mundo, por meio da Seleção, e hoje está aqui. Isso demonstra a importância do local para a história.” Também nessa sexta-feira, Dunga foi homenageado durante o 6º Jantar-baile da Imigração, promovido pelo Rotary Cidade Alta, por possuir ligação com as colônias germânicas.
Após Dunga encerrar suas atividades no meio esportivo, ele ressaltou que o foco está em transmitir seu conhecimento à comunidade. “Quando eu parei de jogar futebol, comecei com palestras e eventos, dentro e fora do País. Além disso, ao lado de amigos, tenho uma empresa no ramo de construção civil, e uma grande atuação com meu projeto social Seleção do Bem.”
O projeto Seleção do Bem existe há quase 25 anos. “Nossa equipe de voluntários ajuda pessoas que não possuem condições e precisam de auxílio. O futebol me deu estabilidade financeira, agora é momento de retribuir isso com as pessoas”, ressaltou.
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No Rio Grande do Sul, o projeto é realizado em Porto Alegre, mas também é estendido para outras cidades, quando necessário. “Criamos o Esporte Clube Cidadão, creches, e apoiamos muitas causas com a distribuição de cestas básicas. Na próxima semana, vamos para Arroio do Meio fazer a doação de móveis e eletrodomésticos, em especial para os professores afetados pela enchente”, contou.
Dunga é formado pelas categorias de base do Internacional, de Porto Alegre, e foi revelado pelo clube em 1983, na posição de volante. Ele ficou conhecido de forma mundial quando foi convocado para disputar a Copa do Mundo Fifa de 1990 na Itália, pela Seleção Brasileira de futebol. Mas foi em 1994 que se consagrou com a conquista do tetra do Brasil na Copa do Mundo, como capitão do time.
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A carreira de treinador foi iniciada em julho de 2006, quando Dunga foi nomeado para treinar a Seleção. Seu primeiro jogo à frente do clube foi contra a Noruega. Anos mais tarde, em 2012, voltou ao Rio Grande do Sul para comandar o Internacional para a temporada de 2013.
Um ano depois, em 2014, o gaúcho foi nomeado novamente para treinar a Seleção Brasileira, no lugar de Luiz Felipe Scolari. Dunga permaneceu no cargo até 2016, após não ter sucesso nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
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