Santa Cruz do Sul foi a sede do culto à tradição gaúcha, no fim de semana. A retomada do Enart presencial levou um excelente número de entidades tradicionalistas ao Parque da Oktoberfest. Não faltaram momentos emocionantes, demonstração de talentos e, claro, a evidência de que está viva a cultura, que identifica as pessoas que moram neste cantão do Brasil.

Lágrimas de felicidade e de tristeza rolaram. Abraços afetuosos pelo passe acertado; incentivo até ao adversário, quando toca na lança da chula; companheirismo que sai das barracas e invade os tablados para onde estavam direcionados os jurados. Essa competição, assim como as demais, tem como fundamento básico a conquista do primeiro lugar, mas a participação já parece ser uma grande vitória, sobretudo, porque envolve bem mais do que treinamento. É um mundo à parte, que fomenta a manutenção de uma forma de vida, com foco na família, na boa ocupação de jovens e adultos e no incentivo aos hábitos saudáveis.

Todo esse fator positivo da realização do Enart, com a atração de tradicionalistas de diferentes partes do país, não apaga, porém, alguns contratempos percebidos durante o fim de semana. O mais evidente deles, para quem estava acostumado a acompanhar o evento, foi a diminuição do público, em especial, quando se viu muitos espaços vazios no Poliesportivo, onde eram as disputadas da Força A. Nas redes sociais, uma série de reclamações apontou o que seria o motivo: o custo do ingresso.

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É claro que a definição do valor deve-se a uma série de fatores, que pode passar pela falta de patrocínios mais expressivos e pelo alto investimento que demanda a realização de um evento desse porte. Não pode, no entanto, o público arcar com isso. Com tantas opções de entretenimento chegando às pessoas, de forma até involuntária, como é o caso da quantidade gigantesca de informações que recebemos por meio do celular, por exemplo, perde o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) a oportunidade da manutenção e ampliação de público.

O outro inconveniente foi o calor, normal para a época, mas um incômodo extra, pois vinha de uma série de dias com temperaturas mais amenas. Não seria problema caso a estrutura do parque estivesse totalmente preparada para receber um evento como o Enart.

Na tarde de sábado, a energia do Pavilhão 3 estava desligada, impedindo que fossem acionados os ventiladores. Cerca de 700 jovens estavam no espaço tendo que encontrar algum meio para amenizar o calor, haja vista que a única entrada de ar é a porta principal. Foram salvos pelos bombeiros, que restabeleceram o fornecimento de energia. O Enart 2022 tem muitos motivos para comemorar, mas também serve de lição para que seja evitada a repetição de problemas que atrapalham o culto à tradição.

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