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Enart: a peleia resolvida nos passos de bota e espora

Francisco Paties, de Santa Rosa, adotou um estilo mais agressivo na disputa

Provocações, desafios, cutucadas, até alguns xingamentos de leve. Dois lados. Dois rapazes disputam o coração da pessoa amada. Assim origina a chula, que vira arte e passa a integrar as competições do Encontro de Artes Nativas (Enart). O que era uma batalha vira apresentação artística, sem perder o seu mote inicial: ver quem tem mais destaque no sapateio e floreio, com bota e espora, sobre a lança.

Um dos confrontos foi entre Francisco Paties, 16 anos, do CTG Sepé Tiaraju, de Santa Rosa, e Clóvis Alex Soares Filho, 18 anos, do CTG Mbororé, de Campo Bom. Até completar o número exigido de passos, eles suaram, arrancaram aplausos e suspiros da torcida, em tenda montada na frente do Pavilhão Central do Parque da Oktoberfest.

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Paties adotou um estilo mais agressivo, como se estivesse chamando o adversário para a peleia cultural. Isso não impediu que, diante de um toque do adversário na lança, o que é uma falta, de dizer frases de apoio. “A gente está na disputa, mas tem que passar força para o outro, porque sabemos o quanto triste é ocorrer um erro, depois de tanto esforço para estar aqui”, explica.

Clóvis aceitou a provocação do adversário, mas sem perder o seu estilo, marca de quem já está no segundo Enart. Em sua apresentação, a leveza, quase um balé à moda gaúcha, em não raros momentos estando na ponta dos dedos, mesmo a bota tradicional não favorecendo tal movimento. “É meu segundo ano, mas a gente sempre aprende mais com o tempo e quando comete algum erro”, diz.

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Levar, ou não, o troféu que condecora o primeiro lugar é consequência do treinamento, do momento da apresentação, do reconhecimento do trabalho por parte dos jurados, que costumam ser bastante criteriosos. Ao fim, mais do que o título, eles não levam para casa o coração da pessoa amada, como em outros tempos, mas a certeza de que fizeram grandes amigos. Saem do tablado, deixam a lança para os próximos competidores e dão o abraço, que simboliza a amizade e a vitória da cultura gaúcha.

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