O 36º Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart) será palco de uma homenagem aos produtores rurais e à agricultura no sábado, 25. Os responsáveis serão os dançarinos do CTG Guapos do Itapuí, de Campo Bom. Preparados e confiantes, eles irão ao tablado para tentar quebrar um jejum de 30 anos em que a 30ª Região Tradicionalista (30ª RT) não conquista o primeiro lugar na competição.
Criada em 1998, a entidade participa do Enart desde o ano seguinte à fundação, mantendo-se presente no festival ao longo dos anos. A primeira vez que usaram a indumentária primitiva foi em 2011 – o que se tornou uma marca registrada do grupo desde então. “O Guapos tem uma característica própria. A gente gosta de retratar e contar a história do Rio Grande do Sul, mas sem a parte das lutas, sem a parte das guerras, sem a parte ‘ruim da história’, vamos dizer assim. A gente tenta contar o lado bonito, o que deveria ficar, o que marcou positivamente a formação do Rio Grande do Sul, em cada personagem, em cada temática. Esse ano não é diferente”, explicou o instrutor Everton Ferreira.
As apresentações de entrada e saída, no espetáculo chamado de “Produtor Rural – Lições da Terra”, devem retratar a história dos pequenos, médios e grandes produtores gaúchos. A réplica de uma carroça do século XVIII deve ser usada na entrada, enquanto a saída promete momentos emocionantes. “A gente fala bastante de amigos e irmãos, dos trabalhadores. A saída se torna bem emocionante porque ela toca toda essa dificuldade que as pessoas líderes de família passam enfrentando o dia a dia.”
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A expectativa é tão grande quanto a preparação de todos os detalhes. Os ensaios acontecem cinco vezes na semana, garantindo que o grupo esteja pronto para enfrentar o tablado. “O Guapos é conhecido por sempre apresentar surpresas. A gente vem com uma com uma grande surpresa na parte da coreografia, acreditamos muito em surpreender o público”, adiantou o instrutor. “A expectativa é bem positiva, temos bastante confiança.”
O sonho de levar o troféu de campeão para a 30ª RT chegou perto de acontecer em 2013. O Guapos do Itapuí ficou em segundo lugar naquele ano, que consagrou o Ronda Charrua. “Estar na final já é um grande passo, mas todo ano a gente almeja chegar no domingo. E o segundo objetivo é tentar entrar entre os cinco primeiros e obviamente brigar pelo título. A 30ª região está carente disso”, comentou Ferreira.
A invernada adulta teve a formação renovada em 2020, o que garante, segundo o instrutor, uma boa base de ensaios como grupo. “A gente se dedicou muito para este ano, porque a gente quer muito trazer um título”, destacou. Ele ainda ressaltou o entrosamento da equipe de coreografia, instrução e música, que atuam há anos na entidade. “Eu e a Amanda Souza somos os instrutores. Robson Cavalheiro faz coreografias para nós desde 2009. E o responsável musical, Juliano Elói, está aqui há mais de 20 anos. Então a gente acredita muito nessa química.”
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O grupo saiu de Campo Bom, a cerca de 175 quilômetros de Santa Cruz, na manhã desta sexta-feira, 24. Enquanto equipe de apoio e familiares ficam no acampamento no próprio Parque da Oktoberfest, os dançarinos e instrutores ficam alojados em uma escola de Vera Cruz. Eles são o quinto grupo do bloco 4; a apresentação, portanto, está marcada para o começo da noite de sábado.
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