Você já parou para refletir sobre a conexão essencial entre música e dança? Se ainda não, uma demonstração dessa temática poderá ser conferida na manhã deste sábado, 25, durante a participação do CTG Tapera Velha, de São Leopoldo, na modalidade Danças Tradicionais Força A, do 36º Encontro de Artes e Tradição Gaúcha (Enart).
O grupo da 12ª Região Tradicionalista (RT) começou a trabalhar a proposta de apresentação cedo, logo após o encerramento do festival do ano passado. Conforme a coordenadora do CTG Tapera Velha, Vanessa Gonçalves Figueira, os dançarinos terão a missão de retratar o tema trazendo uma homenagem a quatro elementos: gaita, violão, bombo leguero e violino. “A música é quem dita o ritmo da contagem e inspira o dançarino a passar as emoções que deseja. Contudo, muitas vezes, acabamos ignorando a beleza de cada melodia e usando a música apenas como um contador de tempo”, justifica Vanessa para escolha da temática.
Na apresentação, cada instrumento terá demonstrado, em seu solo, o amor do músico e o sentimento do dançarino em estar no palco. “O dançarino não é nada sem a música. Cada acorde, cada fole, cada batida, cada pulsar, faz ele mostrar em seus movimentos o que a música lhe faz sentir. Todos juntos somos um, nesta arte de dançar”, afirma. A última frase de Vanessa é a que marca a música feita especialmente para demonstrar esta conexão, escrita por Alexandre Bruneto.
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E o grupo, que tem como instrutores Tiago Damiani e Aline Carvalho e trabalho de coreografias e pesquisas de Tiago Damiani, quer que toda essa conexão seja sentida pelo público. “Trabalhamos forte para que o público sinta a presença marcante da gaita, do violão, do bombo leguero e do violino, e assim, perceba a importância destes instrumentos e dos músicos que deles extraem verdadeiras obras de arte que se transformam em movimentos na arte de dançar”, pontua.
A história do CTG Tapera Velha com o Enart começou em 2008, na declamação. Nas Danças Tradicionais, porém, iniciou há apenas 10 anos. A cada nova edição, o sonho de dançar no palco da Força A foi sendo perseguido com muita dedicação e determinação. Foram sete participações na Força B. Até que, no ano passado, o grupo decidiu que era hora de subir um degrau. “Decidimos que estávamos prontos e estreamos no palco principal da força A do festival. Abordamos a presença do negro na história do Berço da Colonização Alemã e saímos muito satisfeitos em provocar uma reflexão sobre um tema tão forte. Para 2023, fizemos grandes ajustes na organização e condução da invernada e esperamos fazer uma bela apresentação e colher um bom resultado”, destaca.
A invernada adulta do CTG Tapera Velha saiu de São Leopoldo na manhã desta sexta-feira, 24. A equipe técnica irá acampar no Parque da Oktoberfest, enquanto a invernada adulta ficará em um alojamento próximo.
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