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Crise

Empresas do setor de eventos de Santa Cruz pedem ajuda da Prefeitura

Empresários do setor de eventos de Santa Cruz do Sul se uniram para entregar um parecer à Prefeitura. Por conta das medidas restritivas de prevenção ao coronavírus, diversas empresas e cerca de 400 profissionais foram afetados diretamente, com o faturamento reduzido em torno de 85%. O documento solicita auxílio da Administração municipal com possíveis medidas a serem tomadas, como a regulamentação de remarcação dos eventos, redução de impostos e de cobrança de aluguéis e incentivo financeiro.

De acordo com a proprietária da Promopres Promoções e Eventos, Ister Meurer Brum Reis, as despesas mensais da empresa se aproximam de R$ 20 mil. “Conseguimos colocar as funcionárias pelo governo por 60 dias, o que, infelizmente, não será o suficiente, pois estamos totalmente sem eventos e sem perspectiva da data em que voltaremos. Somos um dos setores mais atingidos com a pandemia, o primeiro a ser cortado e o último a voltar a trabalhar.” Como se não bastasse, durante a pandemia, a agência ainda foi alvo de ladrões e de vandalismo, aumentando as perdas.

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Um dos cancelamentos que mais afetou foi o da Expoagro Afubra, deixando a empresária sem faturamento desde fevereiro. No entanto, ainda é preciso pagar os custos de vale-refeição, escritório contábil, água, luz, telefone e aluguel. O proprietário do prédio permitiu o pagamento de 50% nestes três meses, o que ajudou, mas não resolve o problema. “No momento, precisamos de auxílio governamental de todos os âmbitos: isenção de impostos, linha de crédito com carência de, no mínimo, 6 meses e com juros próximos a zero, além da prorrogação do auxílio do governo federal por mais 60 ou 90 dias”, afirma.

Para os proprietários da Celebra Espaço de Eventos, Maurício Severo e Tauane Grandini, o prejuízo até o momento está na faixa dos R$ 50 mil. A empresa, que está no mercado há mais de um ano e conta com dez profissionais, tem um custo fixo de R$ 11 mil. Como o espaço é usado para eventos, não há como a em presa manter o faturamento durante no período.

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“Acredito que a melhor ajuda possível aos empreendedores do setor de eventos no momento poderia partir do Município, com isenção de IPTU ou alguma medida que force os proprietários de prédios a renegociar os contratos de aluguel, fazendo o reparcelamento”, argumenta. Maurício também pede mais crédito. “Precisamos de melhores linhas de crédito junto ao Banco do Povo, com taxas reduzidas e carência, com valores entre R$ 20 mil e R$ 30 mil de crédito, pois os R$ 5 mil que liberaram não dão nem para a saída quando o custo é alto.”

Locações

A mesma situação afeta as empresas de locações, de acordo com a proprietária da Perfil Locações, Jéssica Noble. “Trabalhamos há mais de 15 anos com locação de materiais para eventos, temos oito pessoas que trabalham com CLT e três que trabalham freelancer. O custo fixo está entre R$ 20 mil a R$ 30 mil por mês. Já o prejuízo, se pensar que estaremos parados até setembro, chega a mais de R$ 100 mil.”

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A única maneira de manter o funcionamento foi com a lavanderia industrial, onde são feitas as lavagens de cobertores e edredons. No entanto, a atividade não chega nem perto de cobrir os custos. “Estamos incapacitados de trabalhar e precisamos de uma solução para que possamos seguir empregando nossos funcionários, que dependem, assim como nós, deste serviço. O nosso setor está muito esquecido neste momento, precisamos de soluções”, declarou.

Conforme a proprietária da Garçonaria Serviços, Kátia Letícia Hermes, a ajuda deveria vir do País, do Estado e também do Município. Empresária de produção de eventos, locações de profissionais de eventos e de treinamento de equipes de trabalho desde maio de 2019, ela emprega 30 pessoas e não pode exercer nenhum tipo de trabalho no momento, já que todos envolvem grupos. “Não há como precisar o prejuízo, pois tivemos muitos eventos cancelados.”

Atuando em formaturas, casamentos e festas de 15 anos, a proprietária da Nobre Produtora e Thaís Werner Recepções e Cerimoniais, Thaís Werner, conta que emprega nas duas empresas cerca de 30 pessoas, além de empresas terceirizadas. “Não encontramos nenhuma maneira de trabalhar neste período. Estamos ocupando o tempo livre para deixar tudo organizado.” Para a empreendedora, o setor deveria ter isenção de impostos e linhas de crédito facilitadas.

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