Preocupados com as manifestações de protesto e de apoio ao governo federal marcadas para os próximos dias, representantes de empresas de comunicação e de emissoras de rádio e TV se reuniram nesta quinta-feira, 10, com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, para discutir o assunto.
Os representantes das empresas de comunicação pediram ao governo que tome medidas para garantir a segurança dos profissionais de imprensa escalados para trabalhar nesse tipo de atos. Ao entregar um ofício solicitando providências ao governo federal, entidades como a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) pediram que o Ministério da Justiça atue para melhorar o tratamento dado aos repórteres por agentes policiais.
De acordo com o presidente da Abert, Daniel Slaviero, ocorre atualmente uma “inversão de valores” nos casos em que microfones, câmeras e celulares dos profissionais de imprensa estão sendo considerados “muitas vezes pelos policiais como uma arma” e que, na maioria das vezes, eles “têm agredido” os jornalistas.
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“Temos visto uma escalada de violência nos últimos dias, em que profissionais têm sido agredidos, emissoras têm sido invadidas, pichadas e danificadas. Isso, no nosso entendimento, é inadmissível, atenta contra o Estado de Direito Democrático. Está havendo um equívoco, e algumas pessoas estão confundindo [as coisas], [pensando] que os veículos de comunicação são protagonistas do processo político. Eles não são, simplesmente informam os fatos para a sociedade”, afirmou o presidente da Abert.
De acordo com o ministro Edinho Silva, o governo reforça seu compromisso com as liberdades de imprensa e de expressão. Silva disse que vai encaminhar as demandas à presidenta Dilma Rousseff e ao Ministério da Justiça para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Edinho Silva, que conversou com os jornalistas ao lado de Slaviero, defendeu o fim da intolerância no país. “A violência não é boa em hipótese alguma. Nem daqueles que defendem o governo, nem dos que o criticam. Ela tem que ser coibida o tempo todo, independentemente de quem deu origem ao ato”, afirmou o ministro. Segundo Silva, a saída para “o ambiente político em que estamos vivendo” é o diálogo.
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