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GAZ – Notícias de Santa Cruz do Sul e Região

Empresários compartilham estratégias para a retomada do comércio em Santa Cruz

No primeiro dia de portas abertas ao consumidor, após o período de distanciamento social, a Gazeta do Sul consultou empresários do segmento de comércio que atuam em realidades diferentes, com bagagens e métodos de gestão igualmente diferentes. A experiência de quem desde a década de 1980 se depara com solavancos na economia une ideias com quem tem menos tempo de balcão, porém conhece de perto a recessão e a dificuldade econômica dos tempos bicudos dos anos de crise entre 2015 a 2017. Mais do que nunca, focar no cliente e ter paciência para acompanhar a retomada deve ser o mantra de quem reabriu com a missão de ajudar a fazer a economia girar.

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O otimismo de que o cliente irá consumir a partir da necessidade

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Renato Bieger está há 15 anos no comércio. À frente da Planeta Esportes, o jovem empresário olha com curiosidade e otimismo o atual cenário. Passado o primeiro ciclo de isolamento social, relaxado com a reabertura do comércio em meio a medidas de restrição, Bieger aposta na volta gradual de clientes e na importância de trabalhar com eles o consumo. “Ao longo do tempo, a gente vai aprendendo que o consumidor precisa dos produtos. O que a gente tem de fazer é mostrar que dispomos daquilo de que eles necessitam.”

Bieger acredita que em seu ramo de atuação (tênis e roupas para prática de esportes) a volta das atividades em sala de aula, assim que for permitido aos estudantes ocuparem suas carteiras novamente, será decisiva. “O nosso produto tem uma aceitação muito grande por parte dos estudantes, e a venda será aquecida quando as aulas retornarem”, projeta.

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No período em que ocorreu a primeira flexibilização do comércio, quando, ainda de portas fechadas, empresas podiam entregar mercadorias pelos sistemas de telentrega e drive-thru, a loja dele realizou negócios; porém, em um percentual muito abaixo do que seria o ideal. “É difícil até de comparar, mas a venda ficou em cerca de 10% daquilo que a gente atende com porta aberta”, diz Bieger.

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Em meio ao futuro incerto, o lojista acredita na força que a relação entre marca e consumidor tem. E destaca a importância de tornar-se visível, comunicando ofertas, promoções e produtos que se deseja vender. Para ele, a mola para impulsionar a economia deve vir do próprio governo. “Quem for demitido terá o seguro-desemprego durante um tempo, assim como este amparo que o governo está dando para quem teve redução de salário”, explica Bieger.

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A dúvida com o estoque que já havia sido comprado

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O comerciante Renato Bieger acredita que até o fim do ano o setor terá condições de faturar e vender. A incerteza do empresário é quanto à manutenção das vendas especialmente nos primeiros meses de 2021. “Para mim, a crise tende a passar no fim do próximo ano. Até lá, teremos de inovar e prestar atenção ao consumidor.”

Bieger revela que a sua maior dúvida hoje é quanto ao estoque já encomendado até o fim do ano. Como os produtos vendidos por ele e por sua equipe têm uma programação (saem durante todo o ano, com pequenas variações quanto a modelo, formato e cores), a compra prevendo até o fim de 2020 já foi feita. “Eu acredito que teremos uma certa dificuldade com esta situação, pois se a venda cair muito os produtos que já foram encomendados até o fim do ano não serão totalmente vendidos”, frisa o empresário.

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