A proprietária de uma clínica de vacinas de Novo Hamburgo foi presa preventivamente, nessa quarta-feira, 14, após uma denúncia de fraude na aplicação de doses. A mulher, de 37 anos e que é farmacêutica em formação, foi detida por crimes contra as relações de consumo e saúde pública. A Clínica de Vacinas Vacix, que pertence à ela, foi interditada durante a ação conjunta entre a Secretaria da Saúde (SES), a Polícia Civil e a Vigilância Sanitária.
De acordo com a SES, foram constatadas irregularidades na origem da vacina contra a febre amarela disponibilizada no local e na forma de aplicação. A investigação da polícia apontou que a proprietária utilizava seringas vazias, sem nenhum conteúdo.
Também foram identificadas outras situações fora das normas da vigilância: a existência de vacinas contra a gripe vencidas e a falta de notificação às autoridades sanitárias dos nomes das pessoas imunizadas e dos lotes aplicados com as respectivas datas de vencimento.
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As doses da vacina contra a febre amarela que a rede privada utiliza são importadas e, no momento, estão em falta no mercado. Na rede pública, cuja vacina tem fabricação nacional, as doses estão com estoques regulares e disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde.
A SES esclarece que as clínicas privadas possuem obrigações nos órgãos de saúde, como envio da relação de todos os pacientes vacinados na unidade, com nomes e identificação dos lotes, registro dos dados na carteira de vacinação do paciente, além de questões de segurança sanitária, como uso de agulhas descartáveis e manutenção das doses sob refrigeração adequada. Todas essas questões são direito do paciente, que pode pedir a verificação dos pontos.
A Secretaria da Saúde recomenda que os pacientes atendidos na clínica nos últimos meses procurem a Vigilância Sanitária do seu município, que avaliará a conduta a ser tomada em cada caso. Já a Polícia Civil orienta que seja procurada a Delegacia de Proteção ao Consumidor para registro da ocorrência.
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